Irã e China: os países têm grandes vínculos econômicos, em particular nas áreas de energia, transporte, agricultura, comércio e investimento (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 14 de fevereiro de 2023 às 10h44.
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, desembarcou nesta terça-feira na China à frente de uma ampla delegação para uma visita de três dias, durante a qual pretende fortalecer a cooperação econômica e consolidar as relações entre os dois países.
Raisi se reunirá em Pequim com o presidente chinês, Xi Jinping, com quem deve assinar uma série de "documentos de cooperação", informou Teerã. Ele é acompanhado na visita pelo presidente do Banco Central e pelos ministros do Comércio, Economia e Petróleo.
Irã e China têm grandes vínculos econômicos, em particular nas áreas de energia, transporte, agricultura, comércio e investimento. Em 2021 os dois países assinaram um "acordo de cooperação estratégica".
As duas nações enfrentam pressões do Ocidente por suas posturas sobre a invasão russa da Ucrânia.
Teerã é um dos poucos aliados que restam a Moscou, que enfrenta um crescente isolamento desde a invasão, que completará um ano na próxima semana.
Os países ocidentais acusam o Irã de vender drones armados à Rússia para uso na guerra na Ucrânia, acusação que Teerã nega.
A ofensiva de Moscou na Ucrânia é uma questão delicada para Pequim, que procura seguir uma postura neutra, mas tem oferecido apoio diplomático à Rússia, sua aliada estratégica.
De acordo com a agência estatal de notícias IRNA, Raisi participará em reuniões com empresários chineses e iranianos que moram na China.
A China é a principal parceira comercial do Irã, de acordo com a IRNA. Com base em dados oficiais, o Irã exportou 12,6 bilhões de dólares para a China e importou US$ 12,7 bilhões de seu sócio nos primeiros 10 meses do ano passado.