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Presidente do Iêmen passa bem após cirurgia, diz diplomata

Informação é de um diplomata iemenita na Arábia Saudita

Autoridades sauditas dizem que cabe a Saleh decidir se retorna a seu país (Marcel Mettelsiefen/Getty Images)

Autoridades sauditas dizem que cabe a Saleh decidir se retorna a seu país (Marcel Mettelsiefen/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 11h19.

Sanaa/Jeddah - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, passa bem após ser submetido a uma cirurgia por causa dos ferimentos sofridos em um ataque ao palácio presidencial na semana passada, e é improvável que tenha de ser novamente operado, disse um diplomata iemenita na Arábia Saudita nesta quarta-feira.

Saleh, de 69 anos, ficou ferido na sexta-feira quando foguetes atingiram seu palácio, em Sanaa, a capital do país, causando a morte de sete pessoas e ferindo altos funcionários e conselheiros -- numa ação que as autoridades disseram ter sido uma tentativa de assassinato. Ele está sendo tratado em Riad, a capital saudita.

Inicialmente se informou que Saleh havia sido ferido por um estilhaço e seu vice-presidente declarou na segunda-feira que ele retornaria ao Iêmen dentro de alguns dias.

Na terça-feira, porém, autoridades dos Estados Unidos e do Iêmen afirmaram que a condição de Saleh era mais grave e que ele estaria com queimaduras em cerca de 40 por cento do corpo.

Mas um diplomata iemenita na Arábia Saudita declarou que Saleh está melhorando e nesta fase uma nova operação não será necessária.

"Eu o visitei ontem à noite e ele estava bem. Ele conversou conosco e perguntou sobre exilados iemenitas. Ele está melhor do que os outros que ficaram feridos. Está muito bem e conversa, está sentado em uma cadeira", disse o chefe dos assuntos da comunidade iemenita na embaixada do país em Riad, Taha al-Hemyari.

"Nas próximas horas talvez o médico divulgue um comunicado sobre seu estado", informou o jornal saudita al-Watan, citando fontes diplomáticas segundo as quais é possível que haja uma outra cirurgia.

Autoridades sauditas dizem que cabe a Saleh decidir se retorna a seu país, mas a Arábia Saudita e seus aliados ocidentais podem querer reavivar um acordo de transição intermediado por países do Golfo, segundo o qual o líder iemenita deixaria o cargo em troca de imunidade judicial.


Em Sanaa está sendo respeitado o cessar-fogo entre as forças do governo leais a Saleh e seguidores do xeque Sadeq al-Ahmar, da poderosa tribo Hashed, que se voltaram contra seu antigo aliado. Em duas semanas de combates, mais de 200 pessoas foram mortas e milhares fugiram.

Milhares de manifestantes se reuniram na terça-feira diante da casa do vice-presidente iemenita, que assumiu como líder interino, exigindo que ele forme um conselho de transição para criar um novo governo.

Cerca de 4 mil manifestantes em Sanaa pediram a realização de uma marcha de "1 milhão de pessoas" para que Saleh fique na Arábia Saudita.

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