13 - Iêmen (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 14h06.
Sanaa - O presidente do Iêmen, Abdrabuh Mansur Hadi, executou nesta quinta-feira uma dramática mudança da cúpula militar do país, com o objetivo de cortar a influência dos militares ainda ligados ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, afastado no final do ano passado. Entre várias decisões, Hadi demitiu o filho de Saleh, Ahmed, do comando da Guarda Republicana, enquanto removeu o sobrinho do ex-presidente, Yehya, do poderoso posto de vice chefe da segurança central.
Hadi assumiu o poder há menos de um ano, após Saleh ter renunciado durante um acordo de transição de poderes negociado pelos países do Golfo Pérsico, após um ano de rebelião popular. Saleh governou o Iêmen com mão de ferro durante mais de 30 anos. "Reestruturar o exército é uma necessidade, ligada à implementação da iniciativa do Golfo e às resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse o chefe do comando militar de Hadi, Abdulatif al-Zayani, à agência de notícias estatal Saba. Zayani ressaltou o apoio dos países do Golfo à iniciativa.
A Guarda Republicana, considerada uma força de elite à parte no exército, foi dissolvida e seus efetivos foram incorporados às forças terrestres. A nova estrutura cria três forças militares: as terrestres, navais e aéreas. A decisão de Hadi, dizem analistas, só poderia ter sido tomada com o apoio dos países do Golfo Pérsico. "A decisão foi um passo para retomar o controle das forças armadas e unir as armas em um ministério da Defesa", disse o analista militar Mushen Khossrof.
As informações são da Dow Jones.