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Presidente do Equador restabelece governo em Quito após fim de protestos

Lenín Moreno havia transferido o governo temporariamente para Guayaquil durante manifestações contra alta do preço de combustíveis

Equador: população protestou por dias contra alta no preço de combustíveis (Getty Images / Correspondente/Getty Images)

Equador: população protestou por dias contra alta no preço de combustíveis (Getty Images / Correspondente/Getty Images)

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EFE

Publicado em 15 de outubro de 2019 às 20h03.

Quito — O presidente do Equador, Lenín Moreno, restabeleceu nesta terça-feira (15) o governo do país na capital, Quito, após tê-lo transferido temporariamente para a cidade litorânea de Guayaquil durante os grandes protestos contra o polêmico decreto que eliminava subsídios aos combustíveis.

Moreno reapareceu na sacada do Palácio de Carondelet, a sede do governo equatoriano, diante de uma multidão de pessoas que lotou a praça Grande, a mesma que durante os protestos foi palco de um grande esquema de segurança para impedir que os manifestantes chegassem ao edifício presidencial.

Além de Moreno, alguns ministros também o acompanhavam na sacada. O político tremulou uma bandeira equatoriana para simbolizar a volta à normalidade em Quito.

"Me enche o coração receber o apoio dos compatriotas para a paz, a democracia, a justiça, o respeito aos direitos", escreveu Moreno em redes sociais.

"A democracia segue! Se fortalece com o trabalho de todos, de agricultores, professores, artesãos, empreendedores. Com esse apoio, a paz se recupera", acrescentou.

Moreno tomou a decisão de transferir o governo para Guayaquil no último dia 7, quando os protestos na capital, especialmente nas ruas divisórias ao Palácio do Governo, ganharam força.

No domingo, ele foi obrigado a derrubar o decreto que eliminava os subsídios aos combustíveis para que os protestos - que tiveram episódios violentos, como o incêndio à sede da Controladoria do país e o ataque a sedes de dois veículos de imprensa nacionais - terminassem.

O decreto estava dentro das medidas de austeridade econômica promovidas pelo governo em troca de um crédito de mais de US$ 10 bilhões, dos quais US$ 4,2 procedem do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os protestos deixaram oito mortos, segundo o Ministério Público, enquanto o governo alega que o número correto seja seis. Mais de 1.500 pessoas ficaram feridas, entre elas 435 policiais, e 1.192 foram presas.

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