Egito: "O Egito enfrenta o terrorismo sozinho, em nome da região e de todo o mundo" (The Egyptian Presidency/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de novembro de 2017 às 15h48.
Cairo - O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, prometeu nesta sexta-feira que o exército e a polícia "se vingarão" pelas vítimas do pior ataque terrorista cometido na história recente do país, que deixou pelo menos 235 mortos e 109 feridos.
As forças armadas e a polícia "vão se vingar por nossos filhos para recuperar a estabilidade e vamos responder a este ato com uma força brutal", garantiu Al Sisi em um discurso transmitido pela televisão oficial egípcia.
O atentado aconteceu hoje na mesquita Al Rauda, frequentada pelos sufis - um ramo do islã - na cidade de Bear al Abd, ao oeste de Al Arish, capital do norte do Sinai egípcio.
"O Egito enfrenta o terrorismo sozinho, em nome da região e de todo o mundo", afirmou em árabe clássico o líder egípcio, que acrescentou que "esta é uma tentativa para frear nossos esforços na luta antiterrorista".
Além disso, pronunciou uma frase em dialeto egípcio: "Veremos quem ajuda Deus, porque Deus ajuda as pessoas boas e não as pessoas malvadas".
Segundo a televisão oficial egípcia, Al Sisi ordenou o pagamento de 200.000 libras egípcias (pouco mais de US$ 11 mil) às famílias das vítimas mortais, enquanto 50.000 libras (quase US$ 3 mil) serão destinadas às famílias dos feridos.
Fontes de segurança egípcia explicaram à Efe que os terroristas colocaram artefatos explosivos de fabricação caseira ao redor da mesquita Al Rauda e os detonaram na saída dos fiéis da oração de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos.
Após as explosões os terroristas dispararam contra as pessoas que tentavam fugir da mesquita, segundo a fonte, que acrescentou que as primeiras ambulâncias que chegaram à área também foram atacadas.
A presidência egípcia declarou três dias de luto nacional pelas vítimas do ataque na mesquita, que ainda não foi reivindicado por nenhum grupo extremista.
Na província do Norte do Sinai, onde o estado de emergência está vigente desde 2014, opera o braço egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), chamado Wilayat Sina, que reivindicou a maioria dos atentados ocorridos nos últimos anos no país.
Desde o dezembro do ano passado, o Egito viveu uma série de atentados contra os cristãos coptas e o país se encontra em estado de emergência desde abril por conta dos atentados contra duas igrejas coptas no delta do Nilo.