Sebastián Piñera: presidente chileno vem sendo criticado por ter colocado o exército nas ruas contra os protestos e dizer que o país está em guerra (Marcelo Segura/Courtesy of Chilean Presidency/Reuters)
EFE
Publicado em 26 de outubro de 2019 às 10h11.
Santiago - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou nesta sexta-feira (25) que todos no país ouviram a mensagem dos 1,2 milhão de pessoas que lotaram a Praça Itália e o centro de Santiago para protestar pelo oitavo dia consecutivo contra o governo e a desigualdade social.
"A multitudinária, alegre e pacífica marcha de hoje, na qual os chilenos pedem um Chile mais justo e solidário, abre grandes caminhos de futuro e esperança. Todos nós ouvimos a mensagem, todos nós mudamos. Com unidade e ajuda de Deus, percorreremos o caminho para esse Chile melhor para todos", escreveu Piñera no Twitter.
No entanto, o pedido mais repetido nos protestos registrados em todo o país nesta sexta-feira foi a renúncia do presidente. Piñera era o alvo favorito das palavras de ordem, dos cartazes e das faixas levadas pelos chilenos para as ruas de cidades de várias regiões.
As decisões do presidente durante a crise, como decretar estado de emergência, colocar os militares nas ruas e dizer que o Chile estava em guerra, só alimentaram a vontade dos cidadãos de protestar contra uma desigualdade que se arrasta há vários anos.
A onda de protestos, que já deixou 19 mortos, ao menos 600 feridos e mais de 6 mil detidos, segundo a Promotoria Nacional, começou com a alta do preço da passagem de metrô de Santiago, o que foi o estopim para acabar com a paciência dos chilenos, que cada vez mais enchem as ruas para protestar contra o governo.