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Presidente deposto da Coreia do Sul mantém silêncio em segundo depoimento após prisão

Ordem de prisão expira nesta sexta-feira, mas investigadores devem solicitar à Justiça a extensão do prazo por até 20 dias

Agência o Globo
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Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 06h39.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, suspenso de suas funções, se recusou novamente a se pronunciar em depoimento, nesta sexta-feira, aos agentes que o prenderam pela tentativa de impor lei marcial, em dezembro.

A medida, revogada poucas horas depois, mergulhou o país em uma grave crise política, resultou em uma moção de impeachment - agora sob análise do Tribunal Constitucional - e fez de Yoon o primeiro presidente sul-coreano preso durante o exercício do mandato.

A ordem judicial que permitiu sua prisão expira nesta sexta-feira, 48 horas após sua detenção na quarta-feira. Contudo, os investigadores podem solicitar à Justiça a extensão do prazo por até 20 dias, para formalizar as acusações contra ele.

"Espera-se que o Escritório de Investigação de Corrupção solicite uma nova ordem de prisão", reconheceu a equipe de defesa de Yoon, nesta sexta-feira.

Os agentes do Escritório, responsáveis pela investigação por suposta insurreição, convocaram o presidente para um interrogatório na manhã desta sexta, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

No entanto, o advogado do mandatário, Yoon Kab-keun, declarou que ele se recusou a comparecer perante os agentes.

Outro advogado, Seok Dong-hyeon, explicou à imprensa que seu cliente já havia apresentado sua versão aos investigadores e que não havia motivos para responder a novas perguntas.

Após sua prisão na quarta-feira, Yoon foi interrogado por várias horas, mas exerceu seu direito ao silêncio.

Por semanas, o líder conservador evitou ser preso, permanecendo recluso e entrincheirado em sua residência, no centro da capital, Seul, protegido pelos serviços de segurança da Presidência e por centenas de apoiadores.

Membros armados da guarda presidencial impediram uma tentativa inicial de prisão em 3 de janeiro. Nessa quarta-feira, centenas de agentes da polícia e da agência anticorrupção invadiram a residência oficial e conseguiram detê-lo.

Yoon declarou, posteriormente, que aceitou cooperar com a prisão para evitar um "derramamento de sangue".

O dirigente também enfrenta um processo no Tribunal Constitucional, que deve decidir se ratifica ou anula a moção de impeachment aprovada pela Assembleia Nacional.

 

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