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Presidente de Mianmar não tentará reeleição em novembro

Thein Sein, de 70 anos, já havia anunciado em julho que por motivos de saúde deixará o cargo quando concluir seu mandato


	O presidente de Mianmar, Thein Sein: após quase 50 anos de ditadura militar, Mianmar começou em 2011 um processo de reformas comandado por Sein
 (Nicolas Asfouri/AFP)

O presidente de Mianmar, Thein Sein: após quase 50 anos de ditadura militar, Mianmar começou em 2011 um processo de reformas comandado por Sein (Nicolas Asfouri/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2015 às 12h38.

Bangcoc - O presidente de Mianmar, Thein Sein, não tentará a reeleição nas eleições de 8 de novembro e também não se candidatará a uma cadeira parlamentar, segundo a lista de candidatos de seu partido divulgada nesta quarta-feira.

Thein Sein, de 70 anos, já havia anunciado em julho que por motivos de saúde deixará o cargo quando concluir seu mandato.

O secretário-geral do governante Partido para a União, Solidariedade e Desenvolvimento (USDP), Maung Maung Thein, informou que haverá 1.147 candidatos aos parlamentos nacionais e regionais, segundo a emissora "Voz Democrática de Mianmar".

Entre os candidatos há 72 mulheres, 16 ministros do atual executivo e 26 ex-militares.

A chefe da oposição e Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, apresentou no dia 29 de julho sua candidatura pela Liga Nacional para a Democracia (LND), partido que ajudou a fundar em 1988.

Suu Kyi completou 70 anos em 19 de junho, dos quais viveu mais de 15 sob prisão domiciliar por lutar pela democracia em meio à ditadura militar que governava o país.

As eleições do dia 8 de novembro serão realizadas com base na Constituição de 2008, redigida e aprovada sob a última junta militar e que, entre outras disposições, veta a chefia do Estado a Suu Kyi e reserva aos militares um quarto das cadeiras do parlamento.

Após quase 50 anos de ditadura militar, Mianmar começou em 2011 um processo de reformas políticas, econômicas e sociais comandado por Thein Sein, primeiro-ministro do regime anterior, e destinadas a estabelecer uma "democracia disciplinada".

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