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Presidente da Ucrânia pede reforço de sanções contra Rússia

O país critica o decreto do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que reconheceu documentos emitidos por separatistas

Petro Poroshenko: segundo Moscou, o reconhecimento dos documentos é uma medida temporária (Fabrizio Bensch/Reuters)

Petro Poroshenko: segundo Moscou, o reconhecimento dos documentos é uma medida temporária (Fabrizio Bensch/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 13h30.

Kiev - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, pediu nesta terça-feira mais sanções contra a Rússia em resposta ao reconhecimento por parte de Moscou dos documentos emitidos pelos separatistas pró-Rússia das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.

"Do ponto de vista do direito internacional, isto é um elemento de reconhecimento de formações ilegais e, de fato, uma renúncia ao processo (de paz) de Minsk", disse Poroshenko em reunião com o comissário europeu de Ajuda Humanitária e Gestão de Crise, Christos Stylianides, citado pela presidência ucraniana.

O chefe de Estado indicou que o decreto do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o reconhecimento dos documentos emitidos pelos separatistas é um "fenômeno alarmante que exige ações decididas, como o reforço das sanções".

"Serão reconhecidos como válidos os documentos de identidade, acadêmicos e de qualificação, certidões de nascimento, de casamento, de mudança de nome e de óbito, registro e placas de veículos", afirma o decreto de Putin.

Segundo Moscou, o reconhecimento dos documentos emitidos nas regiões que se encontram fora do controle de Kiev é uma medida temporária, adotada por motivos humanitários, e ficará em vigor "até o acerto político da situação" no leste da Ucrânia.

Poroshenko informou ao comissário europeu que tanto Rússia quanto os separatistas descumprem de maneira permanente os acordos assinados em Minsk em fevereiro de 2015 para solucionar do conflito armado, no qual Kiev acusa Moscou de apoiar os dissidentes.

"Não só vemos violações do regime de cessar-fogo, mas também a cínica decisão de reconhecer documentos falsos de repúblicas igualmente falsas", disse o presidente ucraniano.

Segundo dados da ONU, nos quase três anos de conflito no leste da Ucrânia, cerca de dez mil pessoas morreram, entre combatentes e civis.

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