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Presidente da Nicarágua se diz disposto a conversar com Trump

Ortega afirmou que se reuniria com o presidente norte-americano, Donald Trump, apesar de temer uma intervenção militar dos EUA no país

Ortega: mais de 300 pessoas foram mortas e 2 mil ficaram feridas na repressão da polícia da Nicarágua desde abril (Oswaldo Rivas/Reuters)

Ortega: mais de 300 pessoas foram mortas e 2 mil ficaram feridas na repressão da polícia da Nicarágua desde abril (Oswaldo Rivas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de setembro de 2018 às 12h31.

Paris - O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, disse nesta segunda-feira que está aberto a um encontro com o líder norte-americano, Donald Trump, na Organização das Nações Unidas (ONU) no final deste mês, apesar de expressar o temor de que os Estados Unidos realizem uma intervenção militar em seu país.

Mais de 300 pessoas foram mortas e 2 mil ficaram feridas na repressão da polícia da Nicarágua e de grupos armados a protestos que começaram em abril, provocados por um plano abortado pelo governo de esquerda de Ortega de reduzir a assistência social.

No dia 5 de setembro os EUA declararam os tumultos civis nicaraguenses uma ameaça à segurança da região, dizendo que a repressão do governo às manifestações criava o risco de causar um deslocamento maciço de pessoas semelhante ao da Venezuela ou da Síria.

"Estamos ameaçados", disse Ortega à France 24 TV em uma entrevista transmitida nesta segunda-feira. "Não podemos descartar nada no que diz respeito aos EUA. Não podemos descartar uma intervenção militar", disse.

Uma cópia prévia da entrevista foi fornecida à Reuters pelo canal de TV.

Nenhuma autoridade do governo norte-americano estava disponível de imediato para responder aos comentários de Ortega.

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