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Presidente da Itália é criticado sobre nomeação de Monti

Giorgio Napolitano enfrentou fortes críticas sobre relatos de que consultou Monti sobre a possibilidade de ele substituir Berlusconi como primeiro-ministro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 21h31.

Roma - O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, enfrentou fortes críticas nesta segunda-feira sobre relatos de que consultou Mario Monti sobre a possibilidade de ele substituir Silvio Berlusconi como primeiro-ministro meses antes de seu governo cair no auge da crise da zona do euro em 2011.

O partido Forza Italia, de Berlusconi, ficou chocado com os relatos baseados em entrevistas com Monti e outros personagens em um livro a ser publicado pelo jornalista Alan Friedman. Trechos da obra foram divulgados pelos jornais Financial Times e Corriere della Sera.

Embora os eventos narrados no livro tenham ocorrido há mais de dois anos, eles ameaçam agora reabrir feridas entre as partes, o que poderá complicar a já difícil situação da frágil coalizão de governo do primeiro-ministro, Enrico Letta, que enfrenta dificuldades para adotar reformas econômicas e políticas.

"Estamos consternados ao saber que, já em junho de 2011, o chefe de Estado estava ativamente tomando medidas para derrubar o governo Berlusconi e substituí-lo por Mario Monti", disseram os líderes da Forza Italia no Parlamento, Renato Brunetta e Paolo Romani, em comunicado.

Napolitano tem sido amplamente elogiado fora da Itália por seu papel em ajudar a conduzir a crise e é visto como um garantidor da estabilidade. Mas ele tem enfrentado em casa ataques amargos do Movimento 5-Estrelas e de muitos do círculo de Berlusconi, que o acusam de abusar de seus poderes.

Napolitano, que como chefe de Estado é responsável pela indicação do primeiro-ministro, nomeou Monti para liderar um governo tecnocrata após Berlusconi renunciar durante uma crise econômica que deixou os custos de financiamento da Itália fora de controle e colocou o futuro da própria zona do euro em dúvida.

No livro, o próprio Monti confirmou que Napolitano lhe deu "sinais nesse sentido" em junho ou julho, meses antes de o governo de centro-direita de Berlusconi cair, em novembro de 2011.

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