Integrantes da Irmandade Muçulmana e apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi: a confraria denunciou que Mursi se encontra sob custódia militar e incomunicável, embora oficialmente esteja em paradeiro desconhecido. (REUTERS/Louafi Larbi)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 16h32.
Cairo - A Procuradoria Geral egípcia ordenou nesta sexta-feira a libertação do presidente do Partido Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, Mohammed al Katatni, que tinha sido acusado de instigar o assassinato de manifestantes.
Segundo a agência de notícias estatal "Mena", Katatni e o guia espiritual da Irmandade Muçulmana, Rachad Bayumi, foram postos em liberdade por falta de provas.
Ambos eram acusados de incitar o assassinato de opositores ao deposto presidente Mohammed Mursi e foram detidos depois que o exército deu um golpe de Estado na quarta-feira passada.
Outros responsáveis da Irmandade Muçulmana foram detidos ou estão sendo procurados pela Justiça.
Entre eles, a Procuradoria também tinha ordenado a detenção do líder da Irmandade, Mohammed Badía, apesar de este ter reaparecido hoje em público e pronunciado um discurso perante a multidão de islamitas reunidos em uma praça do Cairo para apoiar o deposto presidente.
A confraria denunciou que Mursi se encontra sob custódia militar e incomunicável, embora oficialmente esteja em paradeiro desconhecido.
Por outra parte, uma fonte do Ministério de Interior egípcio disse hoje a "Mena" que o xeque salafista Hazem Abu Ismail foi detido junto com seu irmão no Cairo, apesar de não ter informado os motivos da detenção.