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Presidente da igreja mórmon morre aos 90 anos nos EUA

Thomas Monson, que presidiu durante quase uma década a Igreja mórmon, era considerado um profeta para seus fiéis

Thomas Monson: Presidente da Igreja mórmon era considerado um profeta que recebia revelações divinas (Jim Urquhart/Reuters)

Thomas Monson: Presidente da Igreja mórmon era considerado um profeta que recebia revelações divinas (Jim Urquhart/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 13h23.

Washington - Thomas Monson, que presidiu durante quase uma década a Igreja mórmon e era considerado um profeta para seus fiéis, morreu nesta terça-feira (2) aos 90 anos em Salt Lake City (Utah, Estados Unidos), informou nesta quarta-feira (3) a congregação cristã em seu site.

Monson, que liderava a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias desde 2008, morreu em sua casa na terça-feira durante a noite, rodeado por sua família, afirmou seu porta-voz, Eric Hawkins.

Considerado um profeta que recebia revelações divinas pelos quase 16 milhões de fiéis da fé mórmon no mundo todo, Monson passou mais de cinco décadas prestando serviço para os principais conselhos de liderança da igreja.

Com 22 anos já era bispo, e com 36, em 1963, foi eleito para o Quórum dos Doze Apóstolos, o segundo mecanismo de governo mais importante dos mórmones depois da primeira presidência, formada pelo presidente e outros dois líderes.

Descrito como afável e acessível por quem lhe conhecia, Monson presidiu a igreja durante um período de especial atenção midiática, sobretudo por conta da candidatura presidencial de Mitt Romney em 2012, que, se tivesse sido eleito, teria se transformado no primeiro presidente mórmon dos Estados Unidos.

Também geraram manchetes a insatisfação dos mórmons com a legalização do casamento gay em 2015, mesmo ano no qual a igreja declarou que quem mantivesse uma relação homossexual era apóstata; e a reticência de muitos seguidores da fé em Utah a votar em Donald Trump como presidente nas eleições de 2016.

Os fiéis da Igreja dos Santos dos Últimos Dias, fundada em 1830 no norte de Nova York, acreditam em Jesus Cristo, mas se regem, além da Bíblia, por um segundo testamento, o Livro de Mórmon, e se distinguem por um profundo conservadorismo social.

Através de uma devota prática da fé, seus fiéis esperam chegar ao terceiro céu, o que supera os reservados para malfeitores e para todos os não mórmons, e no qual cada um deles se transformará em deus e criará trilhões de espíritos que chegarão à Terra como novos profetas.

Entre os mórmons famosos estão a atriz Katherine Heigl e a escritora Stephanie Meyers, da saga literária "Crepúsculo".

Após a morte de Monson, as regras da igreja indicam que será sucedido pelo líder do Quórum dos Doze Apóstolos, que atualmente é Russell Nelson, ex-cirurgião de 93 anos.

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