Grécia: Tsipras convocou a eleição antecipada quatro meses antes do fim de seu mandato (Costas Baltas/Reuters)
Reuters
Publicado em 10 de junho de 2019 às 16h23.
Atenas — O presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, aceitou um pedido do primeiro-ministro Alexis Tsipras para dissolver o Parlamento nesta segunda-feira, desencadeando formalmente uma eleição antecipada convocada por Tsipras para o próximo mês após o fracasso do governo na votação para o Parlamento Europeu.
Tsipras convocou a eleição antecipada quatro meses antes do fim de seu mandato, após o principal partido de oposição, o conservador Nova Democracia, vencer o partido governista Syriza, de esquerda, por 9,5 pontos na eleição para o Parlamento Europeu no mês passado.
O pedido de Tsipras e a aprovação do presidente foram considerados formalidades. Estima-se que Pavlopoulos agora promulgue um decreto que convoque a nova eleição e dissolva o Parlamento.
O governo informou que deseja promover a nova eleição em 7 de julho. Tsipras havia dito que isso irá evitar um prolongado período pré-eleitoral antes do final de seu mandato em outubro, o que poderia prejudicar o progresso econômico alcançado nos últimos anos.
Tsipras, de 44 anos, despontou no cenário político grego há seis anos, prometendo combater a austeridade prescrita pelos credores da Grécia em troca de resgates financeiros após anos de crise econômica.
Seu partido, o Syriza, foi forçado a recuar e aceitar outro empréstimo logo após a eleição de Tsipras em 2015 ou arriscar que a Grécia fosse expulsa da zona do euro.
O país emergiu de programas de ajustes econômicos em 2018 depois de receber mais de 280 bilhões de euros em três empréstimos distintos.