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Presidente da Coreia do Sul promete lutar 'até o último minuto' frente a nova votação de impeachment

Yoon Suk Yeol corre o risco de ser deposto após declarar uma lei marcial que colocou o país em uma crise política desde a semana passada

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, faz uma reverência para pedir desculpa durante u, discurso exibido na televisão em 12 de dezembro de 2024 (AFP)

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, faz uma reverência para pedir desculpa durante u, discurso exibido na televisão em 12 de dezembro de 2024 (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 06h41.

Última atualização em 12 de dezembro de 2024 às 06h41.

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O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, prometeu nesta quinta-feira, 12, lutar "até o último minuto", em um discurso em tom de desafio para defender sua fracassada declaração de lei marcial na semana passada e o envio de soldados ao Parlamento.

Lutarei com o povo até o último minuto", disse, desafiante, o presidente, que viu seu índice de popularidade desabar para 13% após o anúncio da lei marcial. A nova moção de destituição será votada às 17H00 (5H00 de Brasília) de sábado na Assembleia Nacional.

Em um discurso exibido na televisão, Yoon pediu desculpas ao povo, que ficou "surpreso e ansioso devido à lei marcial", mas criticou duramente a oposição, que acusou de destruir a ordem constitucional e levar o país a uma "crise nacional".

Na madrugada de 3 para 4 de dezembro, Yoon deixou a Coreia do Sul em uma grave crise política ao impor durante algumas horas uma lei marcial que provocou recordações do passado autocrático sombrio do país.

Entenda o que é lei marcial, medida anunciada pelo presidente da Coreia do Sul

Investigado por insurreição ao lado de seu círculo próximo, o presidente conservador está proibido de sair do país e enfrentará, no próximo sábado, 14, uma segunda votação de impeachment, depois de escapar por pouco de uma primeira moção votada na semana passada.

A oposição precisa obter o apoio de oito deputados do Partido do Poder Popular (PPP), de Yoon, para alcançar a maioria de dois terços necessária para que o processo avance (200 de um total de 300 votos).

Na votação de sábado passado, apenas dois deputados do PPP apoiaram a destituição, enquanto os demais abandonaram a Assembleia Nacional, o que possibilitou a permanência de Yoon no poder.

O líder do PPP, Han Dong-hoon, orientou os deputados do partido a comparecer ao debate e votar "de acordo com suas convicções e consciência".

Operações no complexo presidencial

Desde a semana passada, Seul é cenário de protestos diários que reúnem milhares de pessoas para exigir a saída de Yoon.

O presidente e seus colaboradores próximos estão no alvo da Justiça por seu papel na primeira lei marcial decretada no país desde a instauração da democracia em 1987.

Nesta quinta-feira, a polícia tentou concretizar uma nova operação de busca no complexo presidencial em Seul, informou a agência de notícias Yonhap, um dia após os guardas de segurança terem bloqueado o acesso dos investigadores ao local.

A operação desta quinta-feira se concentra no quartel-general do Estado-Maior Conjunto, que teria aceitado cooperar com a investigação, segundo a Yonhap.

A principal legenda da oposição, o Partido Democrático, ameaçou processar por insurreição os funcionários e a guarda presidencial caso prosseguissem com a obstrução da investigação.

A polícia também compareceu aos quartéis-generais do comando de defesa do Exército em Seul, que foi mobilizado durante a declaração da lei marcial.

Até o momento, as forças de segurança prenderam dois policiais de alto escalão e o ex-ministro da Defesa que, segundo as autoridades, tentou cometer suicídio na terça-feira na prisão.

O PPP apresentou durante a semana um plano para a renúncia de Yoon e afirmou que o presidente aceitou delegar seu poder ao líder do partido e ao primeiro-ministro Han Duck-soo.

Contudo, o presidente conservador, que se tornou conhecido como um popular promotor na Coreia do Sul antes de ser eleito presidente em 2022, criticou duramente a oposição nesta quinta-feira por levar o país a "uma crise nacional".

"A Assembleia Nacional, dominada pelo grande partido da oposição, se transformou em um monstro que destrói a ordem constitucional da democracia liberal", declarou Yoon, que iniciou uma disputa com o Legislativo devido aos orçamentos do país.

Yoon disse ainda que não poderá evitar "a responsabilidade legal e política pela declaração da lei marcial".

O presidente sul-coreano justificou na semana passada a medida extraordinária pela ameaça das "forças comunistas da Coreia do Norte" e para "eliminar os elementos antiestatais" no país.

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