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Presidente da Colômbia diz que tráfico quer eleger prefeito e governadores

Mas o governante não explicou como os cartéis colombianos estariam envolvidos no pleito, nem mesmo se existe alguma investigação sobre eles

Colômbia: presidente Ivan Duque (ao centro) alertou para a possibilidade de narcotraficantes quererem eleger prefeitos e governadores (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Colômbia: presidente Ivan Duque (ao centro) alertou para a possibilidade de narcotraficantes quererem eleger prefeitos e governadores (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 19h28.

Bogotá — O presidente da Colômbia, Iván Duque, alertou nesta quarta-feira (21) sobre um envolvimento de narcotraficantes com as próximas eleições no país, que definirão novos governantes regionais. Elas estão marcadas para acontecer em 27 de outubro.

"Não vamos dizer mentiras. Em muitas regiões, o narcotráfico quer eleger prefeitos, governadores, vereadores e deputados", disse Duque após participar do ato de assinatura do Pacto Ético pela Informação em uma universidade de Bogotá.

O governante não explicou como os cartéis colombianos estariam envolvidos no pleito, nem mesmo se existe alguma investigação em curso sobre a ação dos criminosos.

"Estas práticas, que hoje estamos censurando, sobre o debate que se abre sobre a verdade nos processos eleitorais têm muito a ver com essas alianças macabras, obscuras e por debaixo dos panos", disse.

Em 27 de outubro, 36,8 milhões de colombianos poderão votar em governadores, deputados regionais, prefeitos e vereadores que tomarão posse em 1º de janeiro de 2020 para mandatos de quatro anos.

O Pacto Ético pela Informação assinado hoje por Duque foi confirmado por 17 partidos, pela Registradoria (organizadora das eleições) e pelo Ministério Público local para garantir que os políticos se comprometam com a transparência nas eleições.

"A Colômbia tem muitas normas e praticamente está na vanguarda da tipificação de crimes eleitorais. Contudo, poucas pessoas estão na prisão por esse tipo de práticas. É preciso que haja punições exemplares a quem apelar para a compra devotos ou intimidação do eleitor", afirmou o presidente. EFE

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