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Presidente da China promete reformas econômicas

País pretende realizar reformas para tornar seu câmbio e taxa de juros mais baseados no mercado, impulsionar os investimentos no exterior


	Hu também reafirmou um compromisso com as metas que irão dobrar a renda das famílias em todo o país em uma década
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Hu também reafirmou um compromisso com as metas que irão dobrar a renda das famílias em todo o país em uma década (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 09h25.

Pequim - A China irá realizar reformas para tornar seu câmbio e taxa de juros mais baseados no mercado, impulsionar os investimentos no exterior e injetar mais fundos estatais na indústria como parte dos planos para dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) até 2020, afirmou o presidente Ju Hintao nesta quinta-feira.

Hu também reafirmou um compromisso com as metas que irão dobrar a renda das famílias em todo o país em uma década, em um discurso preparado para a abertura do Congresso do Partido Comunista da China. Ele deve deixar o cargo de líder do partido durante o congresso.

"Nós devemos manter com firmeza o foco estratégico de impulsionar a demanda doméstica, acelerar o estabelecimento de um mecanismo de longo prazo para elevar a demanda do consumidor, expandir o potencial de consumo individual, aumentar o investimento no ritmo adequado e ampliar o mercado doméstico", disse Hu no discurso.

"Devemos desenvolver um mercado de capital de vários níveis, adotar medidas permanentes para tornar as taxas de juros e a taxa de câmbio do renminbi (iuan) mais baseadas no mercado e promover a convertibilidade do renminbi segundo a conta de capital no curso devido", completou.

A reafirmação de promessas já existentes de Hu não deu um prazo específico para elas, nem qualquer nova indicação do tamanho dos planos de gastos ou a fonte para financiá-los.

Embora tenha havido pouca novidade no discurso, economistas disseram que as reiterações foram importantes dada a fraqueza econômica que levou a uma desaceleração do crescimento por sete trimestres seguidos e deve provocar em 2012 o crescimento mais baixo desde 1999 --embora a um ritmo de 7,7 por cento invejado por muitas economias desenvolvidas.

"Como tem havido muita conversa sobre a desaceleração do crescimento na China, reiterar a meta nesse discurso foi importante. Mas os números não são novidade", afirmou à Reuters o chefe de pesquisas econômicas para a Ásia do ING em Cingapura, Tim Condon.

Os líderes da China prometeram, desde o programa de reforma de Deng Xiaoping no final dos anos 1970, dobrar o tamanha da economia a cada dez anos.

De fato, a economia cresceu muito mais rápido, atingindo um aumento médio anual de cerca de 10 por cento nas últimas três décadas.

No atual plano de cinco anos de 2011 a 2015, o governo está visando um aumento médio anual no PIB de 7 por cento. A meta específica de crescimento para 2012 é 7,5 por cento, dando espaço para a economia esfriar e ainda atingir a meta total. O crescimento em 2011 foi de 9,2 por cento.

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