O presidente americano Barack Obama (E) e o presidente chinês Xi Jinping (Feng Li/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2015 às 21h31.
Washington - O presidente da China, Xi Jinping, aterrissou nesta quinta-feira nos arredores de Washington, onde terá uma série de encontros com Barack Obama, em um momento de dúvidas sobre a economia chinesa e de acusações dos Estados Unidos por espionagem eletrônicas e roubo de dados.
Após dois dias de agenda econômica em Seattle, Xi aterrissou na base aérea de Andrews (Maryland) nos arredores da capital americana, onde foi recebido pelo vice-presidente dos EUA, Joseph Biden, e sua esposa, Jill.
Esta é a primeira visita de Estado aos EUA do presidente chinês, que já se reuniu com Obama na Califórnia em 2013 mas que, até agora, não visitou a Casa Branca.
Obama e Xi terão na noite de hoje um jantar privado, no qual falarão de suas ideias para o futuro da relação bilateral, segundo a Casa Branca.
Amanhã de manhã haverá uma cerimônia de boas-vindas a Xi no jardim da Casa Branca, seguida por uma reunião com Obama no Salão Oval e uma entrevista coletiva conjunta.
De noite, Xi e sua esposa, Peng Liyuan, retornarão à Casa Branca como convidados em um jantar de Estado, o segundo que Obama oferece a um líder chinês durante seu mandato, após o organizado em homenagem a Hu Jintao em 2011.
Xi procura com esta visita reforçar a confiança dos Estados Unidos em seu país, além de convencer que a China está longe do desastre econômico, após as recentes quedas registradas por seus mercados financeiros.
Por sua parte, os Estados Unidos querem garantias a respeito das atividades da China no ciberespaço, dado que no ultimo ano, o FBI registrou um aumento de 53% nas ações chinesas dirigidas à espionagem comercial.
Embora não esteja claro que ambas potências possam chegar a um acordo sobre as normas de conduta no ciberespaço durante esta reunião, esse tema será um "núcleo-chave das conversas" entre Obama e Xi, segundo disse nesta terça-feira o responsável pela Ásia no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Dan Kritenbridge.
A expectativa é que os dois líderes falem também sobre comércio, mudança climática e a preocupação de Washington com a percebida expansão de Pequim no Mar do Sul da China com a construção de ilhas artificiais, que gerou tensões na região.
Durante sua visita a Seattle, onde se reuniu com empresários, Xi se ofereceu para colaborar com os Estados Unidos na luta contra os crimes eletrônicos, para superar as tensões por esse tema.
Além disso, defendeu o ritmo de crescimento da economia da China, garantiu que os mercados financeiros de seu país permanecerão estáveis e garantiu que não vai desvalorizar mais o iuane.