O presidente da Chevron no Brasil participa de audiência na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2011 às 20h38.
Brasília - O presidente da Chevron Brasil, George Buck, admitiu hoje (23) que a empresa editou imagens do local do vazamento de óleo na Bacia de Campos, mas disse que a medida foi tomada para facilitar o envio das informações à Agência Nacional de Petróleo (ANP).
“No início do incidente tivemos dificuldade com banda larga para transmissão de dados, fizemos clipes [audiovisuais] curtos, mas relevantes, e transmitimos para a ANP. Foi para facilitar o envio das informações e de nenhuma forma tentava ocultar o porte do vazamento”, justificou.
Buck disse que todos os segundos de imagens que ficaram de fora da edição estão à disposição da ANP.
O vazamento em um dos poços da companhia no Campo de Frade foi identificado no dia 8 de novembro, e segundo estimativas da Chrevron, o equivalente a 2,4 mil barris de petróleo vazaram no oceano. Cada barril tem 159 litros.
A ANP decidiu hoje suspender as atividades de perfuração da Chevron no Brasil até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo e restabelecidas as condições de segurança no Campo de Frade. A agência também negou pedido da empresa para perfurar novo poço na área com o objetivo de atingir o petróleo da camada pré-sal.
Na segunda-feira (21), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou a Chevron em R$ 50 milhões, valor máximo previsto na lei brasileira. A empresa ainda pode receber novas multas do Ibama e da ANP.