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Presidente catalão se responsabiliza por consulta popular

"Eu me responsabilizo por tudo", disse em uma entrevista coletiva após depor ante o Tribunal Superior de justiça regional


	Presidente da Catalunha, Artur Mas: "Eu me responsabilizo por tudo", disse em uma entrevista coletiva após depor ante o Tribunal Superior de justiça regional, onde foi acompanhado por seu Executivo
 (Josep Lago/AFP)

Presidente da Catalunha, Artur Mas: "Eu me responsabilizo por tudo", disse em uma entrevista coletiva após depor ante o Tribunal Superior de justiça regional, onde foi acompanhado por seu Executivo (Josep Lago/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 17h00.

O presidente regional da Catalunha, o separatista Artur Mas, depôs nesta quinta-feira perante um juiz sobre sua suposta desobediência por promover, em 2014, uma consulta sobre a independência desta região espanhola, pela qual declarou ser o "maior responsável".

"Eu me responsabilizo por tudo", disse em uma entrevista coletiva após depor ante o Tribunal Superior de justiça regional, onde foi acompanhado por seu Executivo, por parlamentares nacionalistas e mais de 400 prefeitos da região.

Durante sua declaração, o presidente catalão se apoiou na "liberdade ideológica e liberdade de expressão" por ter impulsionado esta consulta sem valor legal celebrada no dia 9 de novembro de 2014, apesar da proibição decretada pela justiça espanhola.

O tribunal "deverá julgar se agir como um democrata equivale a agir como um delinquente", disse Mas, desejando o arquivamento do caso porque "por dar voz ao povo (...) deveria comparecer a um Parlamento, mas nunca perante um tribunal".

Em frente à corte havia três mil militantes que receberam Mas como herói quando ele saiu do prédio acenando com quatro dedos da mão direita, símbolo das quatro faixas vermelhas da bandeira catalã, e cantou o hino nacional junto com sua ampla comitiva.

"Todos somos Mas!" ou "Isto não é justiça, é inquisição!", repetiam seus simpatizantes, cujas mobilizações foram criticadas pelo poder judiciário como "um ataque direito e sem paliativos" contra a independência da justiça.

O chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, qualificou de "absolutamente inaceitáveis" estas manifestações, por "ameaçar e tentar diminuir a justiça".

Esses comparecimentos acontecem enquanto a coalizão Juntos pelo Sim, impulsionada por Mas e vencedora das eleições de 27 de setembro, negocia com o partido de esquerda radical CUP para formar um governo regional de corte separatista.

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