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Presidente bielo-russo convoca eleições parlamentares

Lukashenko, no poder desde 1994, anunciou obstáculos para a campanha eleitoral e para a formação dos comitês eleitorais locais

Dezenas de opositores foram julgados no processo aberto contra os participantes dos distúrbios que explodiram em Minsk em dezembro de 2010 (Joe Raedle/Getty Images)

Dezenas de opositores foram julgados no processo aberto contra os participantes dos distúrbios que explodiram em Minsk em dezembro de 2010 (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 14h15.

Moscou - O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, considerado o último ditador da Europa, anunciou nesta segunda-feira que as eleições parlamentares nesse país acontecerão no próximo dia 23 de setembro.

"As eleições para a Câmara de Representantes acontecerão em 23 de setembro deste ano. O Conselho da República (Senado) será formado antes do final de setembro", disse Lukashenko, citado pela imprensa bielo-russa.

Lukashenko, no poder desde 1994, anunciou obstáculos para a campanha eleitoral e para a formação dos comitês eleitorais locais. "A realização da campanha eleitoral não pode seguir as regras de ações populares", disse.

Também não permitirá que representantes dos partidos que lhe causaram problemas nas ultimas eleições presidenciais, que derivaram em maciços protestos populares pelos resultados, entrem nas comissões eleitorais locais.

"Os representantes dos partidos, independentemente de suas posturas políticas, que se comportaram dignamente durante as anteriores campanhas têm que ser incluídos nas comissões eleitorais. Aqueles que promoveram a desorganização das eleições não podem ter outra oportunidade para fazê-lo", declarou.

Dezenas de opositores foram julgados no processo aberto contra os participantes dos distúrbios que explodiram em Minsk em dezembro de 2010 após o fechamento dos colégios eleitorais, quando a oposição saiu às ruas da capital bielo-russa para denunciar fraude no pleitos presidenciais.

Entre os presos estavam cinco candidatos presidenciais, que foram condenados a penas de até seis anos de prisão.

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