A comissária europeia de Justiça e Direitos Fundamentais, Viviane Reding (AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2010 às 09h23.
Paris - A presidência da França qualificou nesta quarta-feira de "inaceitáveis" as críticas da comissária europeia de Justiça, Viviane Reding, sobre a expulsão de ciganos pelo governo francês e pediu que ela "não se deixe levar por uma polêmica estéril".
"Não se trata de fazer polêmica, nem com a Comissão nem com o Parlamento (europeu). No entanto, algumas declarações são simplesmente inaceitáveis", afirmou uma fonte do Palácio do Eliseu, que pediu anonimato, às vésperas de uma reunião de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) em Bruxelas, que terá a presença de Nicolas Sarkozy.
"É o momento de um diálogo sereno para tratar os assuntos importantes. Existe a vontade de abordar as coisas importantes, ao invés de se deixar levar por uma polêmica estéril", completou a mesma fonte.
A comissária europeia de Justiça e Direitos Fundamentais, Viviane Reding, criticou duramente na terça-feira a política de expulsão de ciganos aplicada pela França e acelerada a partir de julho, estabelecendo um paralelo com as deportações executadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
"A discriminação por motivos de raça ou etnia não tem espaço na Europa", afirmou a comissária, que disse ter ficado "chocada" com uma situação que "acreditava não voltaria a ver depois da Segunda Guerra Mundial".
Os ciganos expulsos pela França são procedentes da Romênia e Bulgária, membros da UE desde 2007. Mais de mil deles foram expulsos desde julho como resultado do endurecimento da política de segurança do presidente Sarkozy.
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