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Presidência da COP21 apresenta primeiro rascunho de acordo

Fabius reconheceu que a minuta segue sem resolver os três principais pontos conflituosos


	Acordo do clima: "Fizemos progressos, mas ainda temos muito trabalho pela frente nas próximas 48 horas"
 (foto/Getty Images)

Acordo do clima: "Fizemos progressos, mas ainda temos muito trabalho pela frente nas próximas 48 horas" (foto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 13h37.

Paris - O presidente da Cúpula do Clima (COP21), o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, apresentou nesta quarta-feira a primeira minuta de acordo climático elaborado pelo Comitê de Paris, composto por 14 ministros que estão liderando as negociações.

Fabius reconheceu que a minuta segue sem resolver os três principais pontos conflituosos: a diferenciação entre as responsabilidades que serão assumidas entre países ricos e pobres, a ambição do futuro pacto e a transferência financeira para a mitigação e adaptação ao aquecimento nos países em desenvolvimento.

"Fizemos progressos, mas ainda temos muito trabalho pela frente nas próximas 48 horas", disse o presidente da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) sobre o texto, que passou de 48 para 29 páginas desde o sábado passado.

Fabius disse que esse ainda não é o texto final e anunciou a convocação de uma reunião para que as diferentes partes da negociação possam opinar sobre a primeira minuta do acordo.

No entanto, o chanceler francês afirmou que o texto "reflete os compromissos que estão emergindo" nas negociações em sua fase final e que os participantes deverão se concentrar "nas principais perguntas ainda sem resposta".

Pelo teor do rascunho do acordo, as questões seguem as mesmas do início da negociação. O texto não prevê quem terá responsabilidades obrigatórias de redução de emissões, assim como o financiamento à adaptação ao aquecimento global nos países em desenvolvimento.

"Duas longas noites de trabalho nos esperam", reconheceu Fabius, que deseja que na sexta-feira de manhã exista "um acordo legalmente vinculativo, ambicioso e equilibrado" para ser discutido pela tarde.

O ministro das Relações Exteriores da França fechou a intervenção no plenário com um lema muito repetido nas negociações: "Nada está tudo decidido até que se decide".

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