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Justiça pode derrubar governo, diz premiê português

Primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, disse que caso o tribunal rejeite algumas de suas medidas de austeridade, governo pode fracassar, afirma jornal


	Pedro Passos Coelho:  primeiro ministro português terida dito que governo não deve conseguir encontrar medidas alternativas para compensar uma eventual decisão desfavorável do tribunal.
 (AFP)

Pedro Passos Coelho:  primeiro ministro português terida dito que governo não deve conseguir encontrar medidas alternativas para compensar uma eventual decisão desfavorável do tribunal. (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 20h06.

Lisboa - O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, disse a seus colegas mais próximos que seu governo pode fracassar se o tribunal constitucional do país rejeitar algumas de suas medidas de austeridade, disse o jornal Público nesta quinta-feira.

Uma queda do governo de Portugal, ou um fracasso em cumprir as metas orçamentárias, pode prejudicar o processo de saída do país de um programa de resgate da União Europeia e acrescentar mais uma complicação à crise na zona do euro, atualmente concentrada no Chipre.

Um porta-voz do governo não comentou a reportagem imediatamente.

O jornal disse que o primeiro-ministro afirmou à comissão permanente de seu Partido Social Democrata (PSD) que o governo não deve conseguir encontrar medidas alternativas para compensar uma eventual decisão desfavorável do tribunal.

A corte, que deve decidir nas próximas semanas, analisa o Orçamento deste ano, que inclui as maiores elevações de impostos de que os portugueses conseguem se lembrar. Vários partidos de oposição argumentaram que os cortes nas aposentadorias, nos salários de servidores públicos e em benefícios do sistema de bem-estar social prejudicam direitos básicos dos trabalhadores.

Uma decisão contrária ao plano pode comprometer cerca de 2 bilhões de euros dos 5 bilhões de euros previstos em medidas de austeridade para este ano.

Questionado na quarta-feira sobre a decisão pendente da Justiça, Passos Coelho se recusou a prever o resultado, mas disse a jornalistas: "o tribunal tem de assumir a responsabilidade por suas decisões e pelo impacto que elas podem ter sobre o país".

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