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Premiê polonês ganha novo mandato e investidores celebram

A reeleição do político centro-direitista é inédita no país desde o fim do regime comunista, em 89

Apesar de ter Donald Tusk no governo, a agência Fitch recomendou a Varsóvia que se apresse em colocar suas finanças públicas em ordem (Sean Gallup/Getty Images)

Apesar de ter Donald Tusk no governo, a agência Fitch recomendou a Varsóvia que se apresse em colocar suas finanças públicas em ordem (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 10h28.

Varsóvia - O centro-direitista Donald Tusk conseguiu renovar seu mandato como primeiro-ministro da Polônia, algo inédito no país desde o fim do regime comunista, em 1989, segundo resultados eleitorais quase completos divulgados nesta segunda-feira.

Investidores saudaram a vitória do partido Plataforma Cívica (PO) como garantia de estabilidade política e econômica para o país, o maior e mais populoso do leste da União Europeia. Apesar disso, a agência Fitch recomendou a Varsóvia que se apresse em colocar suas finanças públicas em ordem.

Depois de apurados 99 por cento dos votos dados no domingo, o PO tem 39 por cento dos votos, contra 30 por cento do nacional-conservador Lei e Justiça (PiS), dirigido por Jaroslaw Kaczynski. O comparecimento do eleitorado ficou em 49 por cento.

Um novo partido, chamado Movimento de Apoio a Palikot, conseguiu 10 por cento dos votos com suas críticas à Igreja Católica e a defesa de causas como os direitos dos homossexuais e a legalização de drogas leves.

Analistas políticos disseram que o resultado eleitoral mostrou a maturidade da democracia polonesa. "O partido governista e a coalizão pela primeira vez na história pós-comunista da Polônia foram reeleitos, e isso mostra a consolidação da democracia na Polônia", disse o cientista político Jacek Raciborski, da Universidade de Varsóvia.

O PO deve eleger 206 dos 460 deputados da Sejm (Câmara Baixa). Seus parceiros do Partido dos Camponeses devem eleger outros 30, o que dará a Tusk a maioria para formar um novo governo. Além disso, ele deve atrair também membros moderados da Aliança Democrática de Esquerda (SLD, ex-comunista).

Em nota a seus clientes, o Danske Bank disse que "o resultado das eleições é uma boa notícia para investidores, já que as políticas pró-mercado devem ter continuidade e haverá uma sólida maioria parlamentar para reformas fiscais". "Esperamos que um novo governo de coalizão (...) proponha reformas fiscais concretas em breve", acrescentou o texto.

O zloty, moeda local, registrava alta de 1,1 por cento frente ao euro às 12h dest segunda-feira (hora local), os títulos públicos tinham estabilidade, e a Bolsa de Varsóvia registrava alta de 1,6 por cento, superior ao resultado de outros mercados da região.

O partido de Tusk também obteve uma clara vitória na eleição para o Senado, dominando 62 das 100 cadeiras.

A atual coalizão, no poder há quatro anos, comandou uma época de forte crescimento econômico no país, inclusive durante a crise financeira global de 2008/09.

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