Shinzi Abe: pesquisas de opinião desta segunda-feira mostraram a popularidade do premiê em seu pior nível desde sua volta ao poder no final de 2012 (Agustin Marcarian/Reuters)
Reuters
Publicado em 10 de julho de 2017 às 10h09.
Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, irá substituir membros do gabinete e líderes de seu partido no começo do mês que vem, em uma tentativa de reagir ao pior índice de aprovação desde que voltou ao poder em 2012 e na esteira de uma derrota histórica em uma eleição para a assembleia de Tóquio.
A derrota da semana passada pelas mãos de um grupo político novato ressalta a possível vulnerabilidade de Abe depois de cinco anos no cargo, já que muitos mencionam a percepção de arrogância de sua parte e de seu poderoso secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, aos olhos do eleitorado.
Pesquisas de opinião desta segunda-feira mostraram a popularidade do premiê em seu pior nível desde sua volta ao poder no final de 2012. Uma delas, realizada pelo jornal conservador Yomiuri Shimbun, apontou 36 por cento de apoio - que era de 49 por cento um mês antes.
Outra sondagem, do jornal liberal Asahi, apontou 33 por cento de apoio, uma queda em relação aos 38 por cento de uma semana antes, e revelou que 66 por cento dos eleitores independentes não apoiam o gabinete de Abe - números de que o premiê está ciente, disse Suga.
"Acredito que ele quer aceitar isto sinceramente como a voz do povo", afirmou Suga em uma coletiva de imprensa, acrescentando que o governo precisa "ser ainda mais determinado" a respeito de tarefas como a reconstrução da economia.
Abe, que foi à Europa para a cúpula do G20, disse à mídia em viagem que irá manter autoridades essenciais na reformulação do gabinete e do governista Partido Liberal Democrata (PLD) planejada para agosto.
"Irei reformular a liderança do PLD e membros do gabinete no início do mês que vem, almejando renovar os sentimentos das pessoas", disse Abe em Estocolmo, segundo a agência de notícias Jiji.
"A estabilidade é extremamente importante para gerar resultados. A estrutura central do Gabinete não deveria ser alterada com tanta frequência".