O ex-premiê japonês, Naoto Kan: promotores o interrogaram, que era primeiro-ministro quando um forte terremoto seguido de tsunami atingiu o nordeste do Japão em 11 de março de 2011 (Arquivo/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2013 às 08h29.
TÓQUIO - Promotores japoneses não devem indiciar o ex-primeiro-ministro Naoto Kan, executivos ou reguladores pela forma como responderam à crise nuclear de Fukushima em 2011, rejeitando as denúncias feitas ao longo da pior catástrofe atômica mundial desde Chernobyl, informou o jornal Asahi.
A notícia sobre a possível decisão dos promotores surge num momento em que a Tokyo Electric Power Co. (Tepco), operadora da usina de Fukushima, enfrenta dificuldades para conter a água altamente radiativa que está vazando da planta destruída por um tsunami, o que levou o governo a intervir para tentar ajudar na limpeza.
Os promotores interrogaram Kan, que era primeiro-ministro quando um forte terremoto seguido de tsunami atingiu o nordeste do Japão em 11 de março de 2011, além de terem investigado possível negligência profissional de outras pessoas, incluindo o então presidente da Tepco, Masataka Shimizu, disse o jornal nesta sexta-feira.
O terremoto seguido de tsunami causou o colapso de reatores da usina, espalhando radiação e forçando 160 mil pessoas a fugirem de suas casas. As denúncias foram apresentadas por cidadãos afetados pelo desastre, segundo o jornal.
Promotores julgaram, no entanto, que era difícil provar que os acusados poderiam ter previsto um grande terremoto como o que ocorreu, bem como estabelecer uma relação causal entre o desastre nuclear e mortos e feridos entre os que deixaram suas casas.
A decisão formal dos promotores deve sair ainda este mês, segundo o Asahi.