Premiê italiano, Enrico Letta, sorri durante votação no Senado, em Roma (Tony Gentile/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2013 às 21h46.
Roma - Depois de sobreviver a uma crise política, o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, tem de se voltar rapidamente para os problemas econômicos da Itália, mas muito vai depender do destino do homem que tentou derrubá-lo: Silvio Berlusconi.
Se a divisão no partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL), se tornar permanente depois da fracassada tentativa desta semana de destituir Letta, a centro-direita poderá tornar-se menos belicosa em sua exigência de cortes de impostos, a qual provocou um racha na coalizão e agravou o estado das finanças públicas.
Um primeiro sinal pode surgir na sexta-feira, quando um painel multipartidário do Senado deve recomendar a retirada da cadeira parlamentar de Berlusconi, magnata da mídia italiana, pelo fato de ele ter sido condenado em agosto por fraude tributária.
Os partidários de Letta esperam que isto leve o campo da centro-direita a desempenhar um papel mais cooperativo na turbulenta coalizão formada por direita e esquerda.
"Será um teste para que a direita prove que modificou verdadeiramente sua posição em relação ao governo e à Itália ou se uma vez mais a real questão para eles é a situação legal de Berlusconi", disse o deputado de centro-esquerda Dario Nardella.
Na semana que vem, o ministro da Economia, Fabrizio Saccomanni, vai apresentar medidas de emergência que tinham sido adiadas para tentar controlar um excessivo déficit orçamentário.