Mundo

Premiê francês diz que não abrirá mão de reforma da estatal ferroviária

Governo diz que a ferrovia está tendo prejuízos anuais de 3 bilhões de euros

França: quatro principais sindicatos de ferroviários planejam fazer greve em dois dias de cada cinco nos próximos três meses (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

França: quatro principais sindicatos de ferroviários planejam fazer greve em dois dias de cada cinco nos próximos três meses (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 5 de abril de 2018 às 10h47.

Paris - O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, disse nesta quinta-feira que não recuará nos planos de reforma da estatal ferroviária SNCF apesar de o sindicato CFDT ter anunciado que participará de uma nova onda de greves que começa no domingo.

Philippe reiterou que não debaterá quanto da dívida de 46 bilhões de euros da SNCF o governo absorverá até haver progresso no debate sobre a organização futura da estatal e os direitos dos funcionários.

"Estou aberto à discussão da dívida... mas em troca de compromissos extremamente claros que transformarão as operações da empresa", disse Philippe à rádio France Inter.

Os quatro principais sindicatos de ferroviários - CGT, Sud Rail, CFDT e UNSA-Railways - planejam fazer greve em dois dias de cada cinco nos próximos três meses, o maior desafio aos planos do presidente francês, Emmanuel Macron, para modernizar a economia do país.

Seu governo diz que a SNCF, que está tendo prejuízos anuais de 3 bilhões de euros, precisa mudar radicalmente para lidar com a concorrência quando o monopólio começar a ser encerrado em 2020 em respeito às regras de liberalização da União Europeia.

Acompanhe tudo sobre:FerroviasFrançaGreves

Mais de Mundo

Declaração final do G20 defende taxação de super-ricos e pede paz em Gaza e na Ucrânia

Governo Milei vira destaque no G20 ao questionar declaração final e fechar acordo sobre gás

Biden se atrasa e fica de fora da foto de família do G20

'Não é preciso esperar nova guerra mundial para mudar ordem internacional', diz Lula no G20