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Premiê francês admite falhas na prevenção ao ataque

Manuel Valls admitiu que "falhas" possibilitaram os ataques ocorridos nos últimos três dias, quando 20 pessoas, incluindo os atiradores, morreram na França


	O premiê da França, Manuel Valls: "certamente houve uma falha"
 (Martin Bureau/AFP)

O premiê da França, Manuel Valls: "certamente houve uma falha" (Martin Bureau/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 22h19.

Paris - O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, admitiu que "falhas" da inteligência possibilitaram os ataques ocorridos nos últimos três dias, quando 20 pessoas, incluindo os atiradores, morreram em Paris e nos arredores.

Os suspeitos mortos na sexta-feira são conhecidos dos serviço de inteligência do país. Um dos suspeitos do atentado à revista Charlie Hebdo na quarta-feira já foi condenado por terrorismo, enquanto o outro é acusado de manter ligação com a Al-Qaeda na Península Arábica. Ambos estavam na lista de pessoas proibidas de entrarem nos Estados Unidos, afirmou um oficial norte-americano.

"Certamente houve uma falha", afirmou Valls para a TV francesa. "É por isso que estamos analisando o que ocorreu."

Segundo Michel Thooris, secretário-geral do sindicato da polícia francesa, algo aconteceu de errado, seja a Justiça, que não aplicou penas pesadas o suficiente, seja a vigilância fraca por parte da polícia. "Este foi um ataque militar contra civis por indivíduos em guerra", afirmou.

No entanto, especialistas em terrorismo lembram que os serviços de segurança estão constantemente afogados em dados, sobrecarregados pela quantidade de pessoas e e-mails que precisam inspecionar, e prejudicados pela legislação de países democráticos, que impedem prisões preventivas. O fato de uma pessoa estar na lista não significa que ela irá ser monitorada todo o tempo.

"Estas listas são grandes, especialmente depois do ataque às Torres Gêmeas, o que significa que a polícia não consegue vigiar todo mundo", afirma Benoît Gomis, um especialista em terrorismo da Chatham House, na Inglaterra.

"É difícil vigiar as pessoas certas. Há muito ruído, muitos dados, nós não conseguimos encontrar as informações corretas para agir no tempo preciso." Fonte: Associated Press.

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