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Premiê do Japão enfrenta escândalos em duas frentes

Escândalos parecem ter potencial para derrubar ainda mais o índice de aprovação de Shinzo Abe, hoje em cerca de 50 por cento

Shinzo Abe: crises também estão abalando sua imagem de líder invencível que pode se tornar o premiê mais longevo do país (Toru Hanai/Reuters)

Shinzo Abe: crises também estão abalando sua imagem de líder invencível que pode se tornar o premiê mais longevo do país (Toru Hanai/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de março de 2017 às 12h32.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, atualmente um raro quinto ano como líder, está enfrentando escândalos em duas frentes devido a dúvidas sobre seus laços com uma escola nacionalista envolvida em uma compra suspeita de um terreno e a clamores pela renúncia de sua ministra da Defesa.

Os escândalos, que analistas dizem representar a crise mais séria para Abe desde sua volta ao cargo em 2012, parece ter potencial para derrubar ainda mais seu índice de aprovação, hoje em cerca de 50 por cento.

As crises também estão abalando sua imagem de líder invencível que pode se tornar o premiê mais longevo do país, embora até agora a maioria dos especialistas em política esteja apostando em sua sobrevivência.

"Acho que seu sonho de um governo superlongo está começando a ruir", disse Minoru Morita, analista político independente.

O período de Abe como presidente do governista Partido Liberal Democrata termina em 2018, mas uma mudança nas regras irá permitir que ele concorra a um terceiro mandato de três anos, o que lhe permitiria continuar como premiê enquanto seu partido estiver no poder.

As polêmicas estão distraindo o governo em um momento no qual o Japão precisa se concentrar nas negociações econômicas com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e em temas internos, como reformas estruturais para gerar crescimento.

No episódio mais recente do escândalo crescente sobre a escola, o principal porta-voz do país disse nesta sexta-feira que a esposa de Abe, Akie, não doou dinheiro pessoalmente à Moritomo Gakuen, administrador de escolas de Osaka, no oeste do Japão.

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