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Premiê da Hungria diz que combaterá cota de imigrantes da UE

Decisão húngara ocorre após a maior corte da UE decidir que seus países-membros devem receber uma parcela dos refugiados que chegam à Europa

Viktor Orban: premiê húngaro rejeitou a decisão da UE que implementou cotas de imigrantes a seus países (Akos Stiller/Bloomberg/Bloomberg)

Viktor Orban: premiê húngaro rejeitou a decisão da UE que implementou cotas de imigrantes a seus países (Akos Stiller/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 11h21.

Budapeste - A Hungria não mudará sua postura anti-imigração após o principal tribunal da União Europeia rejeitar um questionamento das cotas de imigrantes, disse o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, nesta sexta-feira.

Na quarta-feira a maior corte da UE decidiu que seus países-membros devem receber uma parcela dos refugiados que chegam à Europa, rejeitando a contestação da Eslováquia e da Hungria e renovando uma disputa entre Ocidente e Oriente que vem abalando a coesão do bloco.

"Precisamos tomar nota do veredicto, já que não podemos erodir o fundamento da UE --e o respeito à lei é o fundamento da UE--, mas ao mesmo tempo este veredicto da corte não é razão para mudarmos nossa política, que rejeita imigrantes", disse Orban à rádio estatal.

A crise imigratória de 2015 no mar Mediterrâneo inundou os Bálcãs, a Itália e a Grécia de imigrantes, o que levou a UE a impor cotas obrigatórias a seus membros com forma de realocar os postulantes a asilo.

O fluxo de imigrantes recuou, diminuindo a pressão do cumprimento sobre líderes nacionalistas como Orban, que está se beneficiando de suas rígidas políticas anti-imigração de olho nas eleições de 2018.

Agora que a contestação legal fracassou, Orban disse que buscará uma batalha política para forçar o bloco a alterar suas cotas obrigatórias.

"Esse tema evoca uma questão de princípios muito séria: se somos uma aliança de nações europeias livres cuja Comissão representa nossos interesses conjuntos, ou se somos um império europeu que tem seu centro em Bruxelas e que pode emitir ordens", disse o premiê.

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