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Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2012 às 20h29.
Washington .- As estimativas sobre os prejuízos econômicos do furacão Sandy nos Estados Unidos seguem em alta e agora estão situadas entre US$ 30 bilhões e US$ 50 bilhões, enquanto prosseguem os trabalhos de limpeza e os locais mais afetados, Nova York e Nova Jersey, lutam para voltar à normalidade.
O cálculo consta em um relatório feito pela companhia de avaliação de custos IHS Global Insight divulgado nesta quinta-feira. O valor do prejuízo apontado pela empresa é muito maior do que as estimativas iniciais.
Como principais fatores para a subida dos gastos os economistas da companhia apontam ''a paralisia da atividade econômica e os danos causados em propriedades seguradas e não seguradas''. O jornal ''The Wall Street Journal'' calcula que as seguradoras terão que assumir uma despesa de US$ 20 bilhões.
Além disso, é preciso acrescentar as perdas geradas pela queda na produção de quase 70% das refinarias da costa leste dos EUA e o fechamento comercial na região durante dois dias.
No total, estes custos poderiam representar entre 0,2% e 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal dos Estados Unidos, embora os economistas reconheçam que parte dos gastos seria compensado pela atividade econômica gerada pelos trabalhos de reconstrução.
O número é bastante superior às estimativas de prejuízos feitas no início da semana (US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões). A nova previsão situa Sandy como o segundo furacão mais devastador em termos econômicos para os EUA, atrás do ''Katrina'', que em 2005 causou prejuízos de US$ 120 bilhões.
''Os efeitos sobre o crescimento não serão catastróficos no último trimestre do ano mas serão notáveis, especialmente em uma economia como a dos EUA, que conta atualmente com pouco impulso'', explicou o informe do IHS.
Além disso, o Departamento de Energia informou hoje que continuam sem luz cerca de 4,9 milhões de lares na região nordeste do país, onde 15 estados e o distrito de Columbia seguem afetados.
Os custos estão aumentando pois a região atingida por Sandy é uma das mais populosas do país, o que inclui a área metropolitana de Nova York, principal pólo financeiro do país.
Além disso, os analistas explicam que nesta ocasião, ao contrário da tempestade ''Irene'' no ano passado, que atingiu a costa leste em um fim de semana, os piores efeitos do temporal ocorreram no início da semana.
A bolsa de Nova York ficou sem operar na segunda-feira e terça-feira, o maior fechamento de Wall Street por causas meteorológicas desde 1888.
Nova York, onde se contabilizaram 37 das 76 mortes confirmadas até o momento, recuperou hoje boa parte de seu transporte público com a reabertura parcial de quatorze linhas de metrô, mas a cidade segue trabalhando para devolver os serviços básicos aos seus cidadãos.
Os três aeroportos da cidade: Liberty Newark, LaGuardia e John F. Kennedy já tinham retomado a atividade, mas continuam com atrasos e cancelamentos.