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Prefeitos pedem que Trump proteja estudantes em situação ilegal

Um programa aprovado por Obama permite que jovens que chegaram ilegalmente, quando crianças, possam cursar a graduação e trabalhar

Imigrantes: Trump prometeu terminar "imediatamente" com as ordens executivas de Obama sobre migração (Samantha Sais/Reuters)

Imigrantes: Trump prometeu terminar "imediatamente" com as ordens executivas de Obama sobre migração (Samantha Sais/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 09h47.

O prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, entregou uma carta a Donald Trump, nesta quarta-feira (7), na qual 14 prefeitos pedem ao magnata que proteja os estudantes em situação irregular levados ilegalmente por seus pais para os Estados Unidos quando crianças.

"Também falamos sobre imigração. Entreguei ao presidente eleito uma carta assinada por 14 prefeitos de todo o país sobre os estudantes DACA", disse Emanuel a jornalistas na Trump Tower, de Manhattan, depois de se reunir com Trump.

O programa DACA (Ação Diferida de Deportação) é uma ordem executiva aprovada por Barack Obama em 2012. Permite aos jovens que chegaram aos Estados Unidos ilegalmente quando crianças, e que passaram mais de cinco anos no país, cursar a graduação, trabalhar e ter uma carteira de motorista. Concede-se por dois anos, e pode ser renovado.

Em sua campanha, Trump prometeu terminar "imediatamente" com as ordens executivas de Obama sobre migração. Também disse que vai construir um muro na fronteira com o México e que deportará, já no início de seu governo, entre dois e três milhões de estrangeiros em condição clandestina que tenham antecedentes criminosos.

"Disse a Trump que os jovens acolhidos pelo DACA estão trabalhando duro para conseguir seu sonho americano, e que todos nós acreditamos que esses estudantes também são pessoas que querem se unir às Forças Armadas, que deram seu nome, seus endereços, seus telefones, quem são, estão tentando conseguir seu sonho americano. Não é sua culpa que seus pais tenham vindo para cá", disse Emanuel.

O prefeito de Chicago lembrou que seu avô - um judeu romeno da região da Bessarábia, cuja maior parte pertence hoje à Moldávia, e o restante, à Ucrânia - chegou a Chicago há 100 anos como um imigrante aos 13 e que, hoje, ele é o prefeito da cidade, "um testemunho da força dos valores e ideais dos Estados Unidos".

Chicago e Nova York são duas das muitas cidades americanas que se declararam "santuários" para esses imigrantes, onde não serão perseguidos por seu status migratório para serem deportados. Hoje, eles são cerca de 11 milhões em todo o país.

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