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Prefeito opositor venezuelano é detido por rebelião civil

Prefeito de San Cristóbal, o opositor Daniel Ceballos, teve prisão anunciada por "rebelião civil" e "associação ilegal"

Manifestantes durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro na praça Altamira, em Caracas, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Manifestantes durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro na praça Altamira, em Caracas, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 22h59.

Caracas - O ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodríguez, informou nesta quarta-feira da detenção do prefeito de San Cristóbal, o opositor Daniel Ceballos, depois que um tribunal da zona ordenou sua prisão por "rebelião civil" e "associação ilegal".

"O cidadão Daniel Ceballos já tem sua ordem de captura por rebelião civil e associação ilegal e foi praticada a captura pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), que o tem agora sob controle para a respectiva apresentação perante o tribunal", disse Rodríguez ao canal estatal "VTV".

O ministro indicou que "isto é um ato de justiça", pois assegurou que o prefeito "não somente deixou de cumprir as obrigações que lhe impõe a lei", mas supostamente "facilitou, apoiou, toda a violência irracional que se suscitou na cidade de San Cristóbal", capital do estado Táchira, fronteiriço com a Colômbia.

Ceballos disse à Agência Efe no último dia 11 de março que as chamadas do governo venezuelano ao diálogo para tentar superar os protestos que sacodem o país há semanas são uma "farsa" com a qual procura "lavar as mãos" perante a opinião pública.

Rodríguez também declarou nesta quarta-feira que nesses "focos de violência" que ainda persistem em San Cristóbal ocorreu a morte de um guarda nacional atingindo por um tiro.

A ministra da Defesa venezuelana, Carmen Meléndez, informou hoje que quatro soldados da Guarda Nacional morreram e 79 ficaram feridos com "objetos contundentes" e armas de fogo desde que começaram os protestos contra o governo de Nicolás Maduro no dia 12 de fevereiro.

A Venezuela vive uma onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro há mais de um mês que deixaram um balanço oficial de 29 mortos, mais de 350 feridos e mais de mil detidos.

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