Sadiq Khan: o prefeito lembrou que a cidade viveu "semanas terríveis, sem precedentes, nos últimos tempos" (Neil Hall/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de junho de 2017 às 12h01.
Londres - O prefeito de Londres, Sadiq Khan, anunciou nesta segunda-feira um aumento do número de policiais que protegerão as mesquitas da capital britânica por conta do ataque terrorista perpetrado contra a comunidade muçulmana, no qual uma pessoa morreu e dez ficaram feridas.
Em um pronunciamento conjunto com a comissária chefe da Scotland Yard, Cressida Dick, Khan, que é muçulmano, disse que o atentado, cometido por um homem que atropelou com uma van fiéis em um templo no norte de Londres, foi um "ataque contra a nossa cidade".
"Continuaremos sendo uma cidade forte e nos asseguraremos de que não nos acovardaremos diante do terrorismo", indicou o prefeito, que adiantou que "nos próximos dias" será implementada uma maior vigilância ao redor das mesquitas e lugares de culto.
O político também rendeu "um tributo à fantástica resposta dada pela polícia, bem como pela comunidade local, que conseguiu capturar o homem que tinha atropelado essas pessoas com uma van".
Segundo Khan, este ato violento, assim como os recentes atentados em Manchester (22 de maio), na ponte de Londres (3 de junho) e o perpetrado contra Westminster (22 de março), constituem "ataques contra os valores compartilhados de tolerância, liberdade e respeito" e assegurou: "Não permitiremos que estes terroristas triunfem".
O prefeito de Londres lembrou que a cidade viveu "semanas terríveis, sem precedentes, nos últimos tempos", tendo sofrido "o horror" na Torre Grenfell - o incêndio de um bloco de 120 apartamentos, onde 79 pessoas morreram - e os recentes atentados supostamente cometidos em nome do islã.
Por sua vez, a comissária chefe da Scotland Yard disse que o ocorrido é "claramente um ataque contra os muçulmanos".
"Levamos muito a sério toda forma de crime de ódio e queremos deter as pessoas que se transformam em extremistas violentos de qualquer tipo, sempre que pudermos", afirmou Cressida, que observou que, "claramente, isso requer mais do que simplesmente a atuação da polícia".