Ebola na África: a epidemia matou 11.300 pessoas desde dezembro de 2013 (Kenzo Tribouillard/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2015 às 18h04.
Os aproximadamente 500 habitantes de Masesbe, uma aldeia de Serra Leoa onde o vírus Ebola reapareceu recentemente, comemoraram neste sábado o fim do isolamento imposto há 21 dias a fim de evitar a propagação da doença.
Segundo um comunicado divulgado neste sábado pelas autoridades, o presidente Ernest Bai Koroma cortou na sexta-feira a faixa amarela que rodeava o povoado, colocando fim ao maior isolamento - em proporção ao número de habitantes - decretado desde o começo da epidemia.
"Nenhum morador teve resultado positivo para o Ebola", afirmou neste sábado uma autoridade do ministério da Saúde.
Em discurso pronunciado na sexta-feira Masesbe e divulgado neste sábado pela rádio nacional, o presidente Koroma saudou "um dia especial". "Somente dois pacientes (ambos no distrito setentrional de Bombali) se encontram em centros de tratamento no país", comemorou com os moradores em festa. "Mas não podemos baixar a guarda até que o Ebola seja erradicado", alertou.
Nessa cidade agrícola, a cerca de 200 km da capital, foi detectado há três semanas um caso de Ebola, em um comerciante que havia chegado da capital Freetown. Ele não resistiu à doença e faleceu.
A epidemia de Ebola na África ocidental deixou desde dezembro de 2013 quase 11.300 mortos entre os cerca de 28.000 casos de contágio, principalmente na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mais de 99% das vítimas fatais foram registradas nesses três países.