Carro de polícia após tiroteio no Colorado: atirador teria gritado "chega de pedaços de bebês", segundo autoridades policiais (Reuters/Isaiah J. Downing)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2015 às 09h13.
Colorado Springs - Dois dia após um homem ter invadido uma clínica de planejamento familiar no Colorado, deixando três mortos e dez feridos, pistas indicam que o crime foi motivado por uma postura antiaborto. O atirador, Robert Lewis Dear, de 57 anos, tem alguns registros em sua ficha criminal, apesar de nunca ter sido condenado. Até então, nada sugeria que ele participasse de grupos antiaborto.
"Obviamente, as pessoas vão fazer inferências, e provavelmente com certa razão, de que o local do crime tinha algo a ver com a sua motivação. Isso pode acabar se confirmando", disse o prefeito de Colorado Springs, John Suthers. Dear entrou em um centro de compras na cidade, que estava lotado em função das ofertas da Black Friday, e se dirigiu para a clínica de planejamento familiar.
Ele trocou tiros com seis policiais e só se rendeu depois de mais de cinco horas. Um dos policiais, Gerrett Swasey, de 44 anos, morreu. A identidade das outras duas vítimas ainda não foi revelada. Cinco pessoas continuam hospitalizadas. Os funcionários da clínica conseguiram se trancar em uma sala e nenhum ficou ferido. "Nós vamos nos adaptar. Vamos endireitar o corpo e seguir adiante", comentou a presidente da organização Planned Parenthood na região, Vicki Cowert, durante uma vigília realizada neste sábado para homenagear as vítimas.
Depois de ser preso, o atirador teria feito uma suposta declaração antiaborto, gritando "chega de pedaços de bebês", segundo autoridades policiais. Ele deve ser apresentado ao tribunal nesta segunda-feira (30). Fonte: Dow Jones Newswires.