Portugal (Alexander Spatari/Getty Images)
AFP
Publicado em 24 de novembro de 2020 às 10h58.
Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 11h32.
As próximas eleições presidenciais portuguesas serão realizadas em 24 de janeiro, anunciou nesta terça-feira (24) o atual presidente, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, favorito em uma eleição em que os socialistas (PS), atualmente no poder, não devem apresentar um candidato oficial.
O chefe de Estado, de 71 anos, também não anunciou oficialmente se vai se candidatar para um segundo - e último - mandato de cinco anos, mas as pesquisas revelam que sua reeleição é quase certa.
Se receber mais de 50% dos votos em 24 de janeiro, como preveem as pesquisas, este ex-professor de Direito e ex-presidente do Partido Social-Democrata (PSD, centro-direita), que se tornou popular comentando notícias políticas na televisão, seria reeleito em primeiro turno.
Entre os candidatos já anunciados, a socialista Ana Gomes é a segunda nas pesquisas, mas não conta com o apoio do primeiro-ministro Antonio Costa, que criticou em várias ocasiões.
Questionado recentemente sobre seu posicionamento nessas eleições presidenciais, o PS decidiu oficialmente não apoiar nenhum candidato, deixando seus militantes decidirem sozinhos.
Ex-diplomata e eurodeputada, de 66 anos, Gomes tornou-se uma proeminente ativista anticorrupção, especialmente junto ao 'hacker' Rui Pinto, que esteve por trás das revelações do "Football Leaks" e do "Luanda Leaks".
Em Portugal, o presidente da República é eleito por voto universal, mas não tem nenhum poder executivo. No entanto, seus discursos pesam no debate público e desempenha um papel de árbitro em caso de crises ou de um impasse político, além de dispor da escolha de dissolver a Assembleia e convocar eleições legislativas antecipadas.