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Portugal paga juro maior para colocar 722 mi de euros de dívida para 3 meses

O país não conseguiu por pouco colocar o montante máximo do leilão - 750 milhões de euros

O governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho: o juro neste leilão é o segundo maior de todo o ano 2011 para os bônus para três meses (Georges Gobet/AFP)

O governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho: o juro neste leilão é o segundo maior de todo o ano 2011 para os bônus para três meses (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2011 às 11h34.

Lisboa - Portugal colocou nesta quarta-feira no mercado 722 milhões de euros em bônus para três meses ao juro de 4,97%, taxa ligeiramente superior à registrada na última emissão 15 dias atrás.

Dados do Instituto de Gestão e do Crédito Público (IGCP) luso indicam que esse juro triplica a rentabilidade exigida pelos investidores.

Portugal não conseguiu por pouco colocar o montante máximo do leilão - 750 milhões de euros -, embora continue mantendo a taxa de juros abaixo da barreira de 5%.

A demanda dos investidores por estes títulos multiplicou por 2,2 a oferta, 0,05 a mais do que no leilão de 21 de setembro.

O resultado da emissão de agora reflete os problemas do país para financiar-se no curto prazo no mercado com juro baixo.

De fato, o juro neste leilão é o segundo maior de todo o ano 2011 para os bônus para três meses, só superada pelo 4,98% de rentabilidade de julho.

Estes números refletem que a pressão exercida pelos mercados sobre Portugal não recuou apesar de seu pedido de resgate financeiro, em abril, e que as dúvidas dos investidores sobre a situação econômica do país - imerso na pior crise de sua história - se mantêm.

A ajuda financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que representará uma injeção de 78 bilhões de euros para os próximos três anos, se estima suficiente para cobrir as necessidades de Portugal no longo prazo.

Para cumprir com suas obrigações de curto prazo, no entanto, o país continua recorrendo a leilões periódicos públicos - a cada 15 dias, aproximadamente -, e só no último trimestre deve emitir entre 4,250 bilhões de euros e 7,5 bilhões de euros.

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