Nos próximos dias, sobretudo no fim de semana, o risco de incêndio no interior deve oscilar entre "muito elevado" e "máximo" (Rafael Marchante/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de agosto de 2017 às 12h47.
Última atualização em 17 de agosto de 2017 às 12h48.
Guarda - O governo de Portugal anunciou nesta quinta-feira que decretará estado de calamidade pública em várias regiões do centro e do norte do país para reforçar as medidas de prevenção por causa do elevado risco de incêndios.
Uma reunião entre o primeiro-ministro do país, António Costa, a ministra de Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e os comandantes das Forças Armadas, da Guarda Nacional Republicana, da Autoridade Nacional de Operações de Socorro e do Corpo de Bombeiros está marcada para amanhã para discutir o assunto.
O objetivo da reunião é a "mobilização máxima de recursos" e o posicionamento preventivo em regiões de maior risco de incêndio florestal no centro e no norte do país.
Além disso, o governo realizará hoje reuniões com os prefeitos das cidades com maior risco de incêndio para aplicar as medidas de prevenção necessárias.
A decisão de decretar estado de calamidade tem relação com a previsão meteorológica, que indica a partir de hoje um aumento das temperaturas no interior de Portugal, onde todos os distritos estão em alerta laranja.
Nos próximos dias, sobretudo no fim de semana, o risco de incêndio no interior deve oscilar entre "muito elevado" e "máximo".
Atualmente, o incêndio florestal de maior dimensão está na comarca de Mação, na região central, iniciado ontem. Para combater o fogo, mil bombeiros, 286 veículos terrestres e 15 aeronaves estão no local, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
O prefeito de Mação, Vasco Estrela, afirmou hoje à imprensa local que o município está "totalmente destruído". Segundo ele 80% da superfície florestal da cidade foi queimada.
Durante o combate aos incêndios registrados durante a última semana em Portugal, 86 pessoas ficaram feridas, sete delas em estado grave.