Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal. (Horacio Villalobos - Corbis/Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 21h17.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o governo do país comemoraram nesta sexta-feira a conclusão das negociações comerciais entre União Europeia e Mercosul e pediram a rápida criação de um mercado comum entre as partes.
Em comunicado, Rebelo de Sousa disse esperar que esse acordo “possa ser rapidamente confirmado” pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-Membros, “no âmbito do Conselho de Ministros da UE”.
“Num contexto geopolítico marcado por tensões comerciais e tentações de protecionismo, a conclusão das negociações do Acordo UE-Mercosul representa um passo importante no reforço das relações econômicas e políticas entre Europa e América Latina”, diz o texto.
A nota destaca que o acordo beneficia Portugal ao reforçar “os laços históricos e culturais com esses países e povos, já tão próximos”.
Ainda segundo o comunicado, ao integrar cláusulas sociais e de sustentabilidade, o pacto UE-Mercosul demonstra um compromisso com o Acordo de Paris e contribui para os objetivos do Pacto Verde Europeu.
“Este acordo histórico representa uma oportunidade única para as empresas e para a economia dos dois lados do Atlântico”, frisou Rebelo de Sousa.
O presidente português vê no acordo “um ganho muito substancial” para ambas as partes e defendeu que “será agora muito importante colocá-lo em prática”.
Já o primeiro-ministro de Portugal, o conservador Luís Montenegro, se posicionou sobre o acordo na rede social X (ex-Twitter). Ele parabenizou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, “pela conclusão histórica das negociações”.
“Temos que avançar rapidamente com a criação da maior zona de livre comércio do mundo, com 700 milhões de consumidores, criando oportunidades para nossos cidadãos e empresas”, defendeu.
As negociações sobre o acordo comercial UE-Mercosul, iniciadas há quase 25 anos, foram concluídas hoje durante a cúpula de chefes de Estado do bloco sul-americano em Montevidéu, no Uruguai.
O acordo ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento e pelo Conselho da UE e pelos Parlamentos dos países do Mercosul.