Mundo

Poroshenko diz que 2014 foi o ano mais difícil desde 1945

Presidente ressaltou que país foi vítima de agressão direta, em alusão à anexação da Crimeia e ao apoio de Moscou aos separatistas pró-Rússia


	Presidente ucraniano, Petro Poroshenko: "este é um país em que, há alguns anos, apenas 13% estavam dispostos a defender a Ucrânia com armas na mão"
 (Laurent Dubrule/Files/Reuters)

Presidente ucraniano, Petro Poroshenko: "este é um país em que, há alguns anos, apenas 13% estavam dispostos a defender a Ucrânia com armas na mão" (Laurent Dubrule/Files/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 13h29.

Kiev - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, considerou o ano de 2014 como o mais difícil para a Ucrânia, a Europa e o mundo do ponto de vista da segurança desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

"O sistema de segurança do pós-guerra foi destruído", afirmou durante uma entrevista coletiva de fim de ano perante cerca de 200 jornalistas.

Poroshenko ressaltou que neste ano a Ucrânia foi vítima de uma agressão direta, em alusão à anexação russa da Crimeia e ao apoio de Moscou aos separatistas pró-Rússia que atuam no leste do país.

"Estou orgulhoso de como vivemos este ano", disse, ao se referir a como o povo ucraniano reagiu às agressões a sua soberania tanto na Crimeia como nas regiões orientais de Donetsk e Lugansk.

Lembrou também que "este é um país em que, há alguns anos, apenas 13% estavam dispostos a defender a Ucrânia com armas na mão" e que os militares ucranianos receberam o primeiro golpe com menos de 6.000 soldados.

"Agora a Ucrânia conta com um dos exércitos mais combativos no continente europeu. E agora vêm do exterior para estudar nossa experiência", destacou.

Poroshenko ressaltou que, se forem aplicados seu plano de paz e os acordos de Minsk, "é possível alcançar uma paz permanente e que as autoridades ucranianas recuperem o controle sobre os territórios ocupados" das regiões orientais de Donetsk e Lugansk.

"Isto inclui o regime de cessar-fogo e a libertação de todos, repito, de todos os reféns", disse o presidente, que ressaltou que uma condição importante para a regularização pacífica é o "fechamento das fronteiras e a retirada de tropas do território da Ucrânia".

Poroshenko destacou que neste ano se ratificou o Acordo de Associação com a União Europeia.

"Fui muito criticado pela decisão de dissolver o parlamento e convocar eleições extraordinárias. Agora não temos uma quinta coluna do agressor. Não temos Partido Comunista nem Partido das Regiões", disse.

Poroshenko, que foi eleito presidente nas eleições de maio, acusou o antigo regime de criar "uma comissão para liquidar à Ucrânia".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrimeiaEuropaGovernoRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas