Washington - A popularidade do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, registrou nesta terça-feira alta nas pesquisas, após a morte do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden.

Conforme pesquisa do Centro Pew e do jornal "Washington Post", após a morte de Bin Laden, a popularidade de Obama subiu nove pontos e agora está em 56%, contra 47% registrada em abril.

Trata-se do percentual mais alto que o presidente registra neste levantamento desde 2009.

De acordo com a pesquisa, o público o vê com melhores olhos também no que diz respeito à condução da guerra no Afeganistão, onde a aprovação supera 60% - 17 pontos mais que na consulta prévia -; e sua estratégia contra o terrorismo alcança 69% de aceitação, o máximo de seu mandato, que iniciou em janeiro de 2009.

Mais de três quartos dos americanos consideram que Obama merece elogios pela morte de Bin Laden em Abbottabad, nas cercanias de Islamabad, no domingo.

Entre os republicanos, 61% concede a Obama ao menos parte do mérito, mas só 17% atribui "muito" mérito.

Entre os simpatizantes, 81% consideram que o ex-presidente George W. Bush (2001-2009) merece ao menos receber parte dos créditos pela morte do inimigo público número 1 dos Estados Unidos, uma opinião que compartilham 35% dos democratas.

A alta de Obama nas pesquisas é similar a registrada por Bush em 2003, após a captura do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, quando sua popularidade subiu seis pontos.

A alta se deve, principalmente, aos independentes, entre os quais agora 52% têm opinião propícia do líder americano, dez pontos a mais que no mês passado.

Esta enquete foi realizada na segunda-feira à noite com 654 adultos, com margem de erro de 4,5 pontos.

Outra pesquisa similar, elaborada para a rede de televisão "CNN", concede a Obama uma popularidade de 52%, quatro pontos a mais que um mês atrás.

Esta pesquisa, com margem de erro de 3,5 pontos, situa a aprovação da gestão de Obama contra o terrorismo em 67% e de 58% na guerra contra o Afeganistão.

Nenhuma das duas pesquisas, as primeiras divulgadas desde a morte de Bin Laden na operação dos Estados Unidos, refletem mudanças na opinião dos cidadãos sobre a gestão econômica de Obama, que continua como seu calcanhar de Aquiles, em torno de 40% de aprovação.