François Hollande: pesquisa mostra também que principais figuras da oposição são culpadas pelos franceses por suas críticas ao governo (Michel Euler/Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2015 às 09h20.
Paris - A popularidade do presidente da França, François Hollande, subiu para 32% no país, uma alta de 10% depois dos diversos atentados em Paris neste mês, o mesmo aumento ganho após os atentados contra a redação da revista "Charlie Hebdo" em janeiro, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira por vários jornais regionais franceses.
De acordo com o levantamento, 71% dos franceses consideram que as medidas antiterroristas anunciadas por Hollande na semana passada diante de deputados e senadores para lutar contra o terrorismo estão "à altura".
O aumento da popularidade também afeta o primeiro-ministro, Manuel Valls, que subiu 7% para situar em 43%, segundo a pesquisa do instituto Odoxa uma semana depois dos ataques que causaram 130 mortes em Paris e Saint-Denis.
A menos de duas semanas do primeiro turno das eleições regionais, Hollande recupera a popularidade que alcançou em fevereiro.
No início do ano o presidente não conseguiu manter o aumento de popularidade, que caiu para 24% em março, dois meses depois dos atentados contra a "Charlie Hebdo" e um mercado judeu que deixaram 17 mortos.
Hollande se aproveita agora de uma alta de seu apoio, principalmente entre os militantes da esquerda (+15%), da mesma forma que Valls (+11%).
Entre os de direita a alta é mais moderada, com 2% pontos para o presidente e 4% para seu primeiro-ministro.
A pesquisa mostra também que as principais figuras da oposição são culpadas pelos franceses por suas críticas ao governo que buscava a união nacional.
Cerca de 58% dos franceses acredita que o ex-presidente e líder da oposição, Nicolas Sarkozy, não esteve à altura, opinião que 62% também têm sobre a líder ultradireitista Marine le Pen.