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Pompeo inicia visitas à America do Sul para pressionar Maduro

Secretário de Estado norte-americano se reunirá com líderes de Chile, Peru, Paraguai e Colômbia

Nicolás Maduro: Mesmo após Guaidó, o presidente permanece no comando do exército e do caixa da Venezuela (Marco Bello/File Photo/Reuters)

Nicolás Maduro: Mesmo após Guaidó, o presidente permanece no comando do exército e do caixa da Venezuela (Marco Bello/File Photo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2019 às 06h14.

Última atualização em 12 de abril de 2019 às 06h24.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, iniciará nesta sexta-feira, 12, um circuito de visitas a países sul-americanos. O objetivo da viagem, que deve durar três dias, até a próxima segunda-feira, é discutir a atual situação da Venezuela, que permanece tendo seu poder executivo disputado por Nicolás Maduro e Juan Guaidó.

A agenda de Pompeo começa hoje, em uma reunião com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, e com o chanceler do país, Roberto Ampuero. A previsão é que as relações econômicas bilaterais e a cooperação no setor científico e tecnológico também entrem em pauta.

No sábado, Pompeo visitará o Paraguai, que não recebe um chefe de Estado norte-americano desde 1965. Junto ao presidente do país, Mario Abdo Beníteza, o assunto paralelo que deve vir à mesa é a luta contra o narcotráfico na região da tríplice fronteira entre o país com o Brasil e a Argentina.

Ainda no sábado, o secretário irá a Lima, no Peru, onde falará com o presidente Martín Vizcarra e com o chanceler do país, Néstor Popolizio. Lá, o apoio peruano aos refugiados da Venezuela e questões bilaterais entre os países devem ser tratadas.

A visita mais esperada, porém, é a ida de Pompeo à cidade colombiana Cúcuta, que fica na fronteira com a Venezuela. Rota de fuga de muitos venezuelanos que fogem do país, o local mantém estoques de alimentos e remédios enviados pelos EUA como ajuda humanitária, o que sempre foi criticado por Maduro, que já declarou considerar os suprimentos do país como  um “show humanitário”.

Um encontro com Juan Guiadó ou com sua base de apoio ainda não foi confirmado, mas essa não é uma possibilidade descartada.

O governo dos Estados Unidos foi um dos primeiros a admitir o líder da Assembleia Nacional venezuelana como presidente interino legítimo da Venezuela. Mas, apesar do apoio internacional, Guaidó segue sem poder militar e sem a chave do cofre do país, com Maduro recuperando força a cada dia.  O circuito de visitas de Pompeo terminará exatamente no dia em que os países membros do Grupo de Lima ー nações que reivindicam a saída de Maduro ー se reunirão novamente, desta vez no Chile. A esperança de encerrar a ditadura de Maduro via pressão diplomática já foi maior na região. 

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