Governo de Maduro é considerado ilegítimo por mais de 50 países (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de abril de 2019 às 20h47.
Última atualização em 30 de abril de 2019 às 20h47.
Washington — O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou que o presidente da Venezuela, Mike Pompeo, estava pronto para deixar o país na manhã desta terça-feira, 29, mas foi convencido pela Rússia a permanecer em Caracas.
"Ele tinha um avião na pista, estava pronto para ir embora nesta manhã, e os russos indicaram que ele deveria ficar", disse Pompeo em entrevista concedida à rede de televisão "CNN".
O governo chavista denunciou o levante iniciado hoje pelo líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino do país pelos EUA e mais de 50 países, como uma tentativa de golpe.
Segundo Pompeo, Maduro fugiria para a Havana.
Perguntado se os EUA garantiriam a segurança de Maduro caso o presidente da Venezuela fugisse para Cuba, o secretário de Estado americano deixou no ar uma dúvida sobre se o avião poderia ser derrubado.
"Maduro entende o que ocorreria se subir nesse avião", afirmou Pompeo, em tom de mistério, sem dar mais detalhes sobre o que isso significaria.
Os venezuelanos foram surpreendidos ao acordar nesta terça-feira com a notícia de Guaidó estava ao lado do também opositor Leopoldo López, até então preso em regime domiciliar, com um grupo de militares na base aérea de La Carlota, em Caracas.
As manifestações deixaram ao menos 69 feridos. De acordo com o embaixador da Venezuela na ONU, os protestos foram localizados e a rotina do país está normal.
Na entrevista à "CNN", Pompeo fez questão de ressaltar que, apesar do possível fracasso do levante dos opositores, ninguém vê Maduro desde que a crise começou.
Segundo Gustavo Duque, prefeito de Chacao, cidade da região metropolitana de Caracas, 69 pessoas ficaram feridas em confrontos entre os manifestantes pró-Guaidó e as forças de segurança.
Acompanhado da família, López entrou na embaixada do Chile em Caracas como "hóspede", segundo o chanceler do país, Roberto Ampuero.