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Poluição do ar reduz vidas humanas na Europa, diz relatório

O relatório da AEA não especificou as áreas, mas disse que a Polônia e outras regiões industriais do leste europeu tinham níveis particularmente altos de poluição


	Varsóvia, capital da Polônia: informação sobre poluição é da Agência Europeia do Ambiente
 (Wikimedia Commons)

Varsóvia, capital da Polônia: informação sobre poluição é da Agência Europeia do Ambiente (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 14h07.

Bruxelas - A poluição do ar está encurtando a vida em quase dois anos em partes da União Europeia, disse a Agência Europeia do Ambiente (AEA), reforçando o argumento de um aperto das restrições de emissões do bloco.

A legislação tinha conseguido reduzir a quantidade de algumas toxinas liberadas por escapamentos e chaminés em toda a Europa, afirmou um relatório da AEA publicado nesta segunda-feira.

Mas ainda havia níveis perigosos de partículas microscópicas, conhecidas como material particulado e associado a doenças como câncer de pulmão e problemas cardiovasculares, acrescentou o relatório Em média, a poluição do ar estava reduzindo a vida humana em toda a região em cerca de oito meses, disse o relatório. Também foi citada uma pesquisa separada, financiada pela Comissão, mostrando que a redução dos níveis de partículas pode aumentar a expectativa de vida em 22 meses em algumas áreas.

O relatório não especificou as áreas, mas disse que a Polônia e outras regiões industriais do leste da Europa tinham níveis particularmente altos de poluição ou partículas.

Londres tinha a pior qualidade do ar de qualquer capital da UE e foi a única cidade britânica a exceder os limites diários da UE para poluentes, acrescentou.

Falando após a divulgação do relatório, a comissária de Meio Ambiente da UE, Janez Potocnik, afirmou que uma revisão das leis de qualidade do ar da UE no próximo ano precisava colocar os limites da UE para os níveis de poluição mais perto das recomendações mais estritas da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre níveis seguros de poluentes.

"Isso (o relatório) é um aviso muito sério sobre a importância para a nossa qualidade de vida e saúde", disse Potocnik à Reuters.

Além do impacto sobre a saúde, a diretora-executiva da AEA, Jacqueline McGlade, afirmou que a poluição custava ao bloco 1 trilhão de euros (1,30 trilhão de dólares) por ano em cuidados com saúde e impactos mais amplos sobre os ecossistemas.

"A política da União Europeia reduziu as emissões de muitos poluentes ao longo da última década, mas podemos ir mais longe", disse ela.


Outro desafio no ozônio

O material particulado é visto como o mais grave risco de poluição do ar na Europa. Usando os dados mais recentes, de 2010, o relatório afirma que 21 por cento da população urbana do bloco foi exposta a mais material particulado em concentrações acima do limite diário da UE.

Até 30 por cento dos habitantes da cidade enfrentaram a exposição acima de uma meta anual da UE para partículas mais finas, pequenas o suficiente para passar dos pulmões para a corrente sanguínea, tornando-as particularmente perigosas para a saúde.

Os poluentes vêm da fumaça de carros, indústria e queima de combustível doméstico.

Depois de passar por reações químicas complexas no ar, os poluentes entram na água, na terra agrícola e na cadeia alimentar e podem reduzir a produção agrícola.

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