O cineasta Roman Polanski: o diretor é acusado de manter relações sexuais com uma menina de 13 anos em 1977 (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2016 às 09h33.
Varsóvia - O ministro da Justiça da Polônia, Zbigniew Ziobro, afirmou nesta terça-feira que pretende apelar da decisão do tribunal da Cracóvia que em outubro do ano passado decidiu não extraditar o cineasta polonês Roman Polanski aos Estados Unidos, país onde é requerido pelo abuso de uma menor em 1977.
Polanski, que nasceu na Polônia, vive em Paris e tem dupla nacionalidade, francesa e polonesa, se encontrava em Cracóvia preparando uma filmagem quando os Estados Unidos solicitaram sua extradição.
Após a realização de um julgamento que durou vários meses, em outubro do ano passado o tribunal polonês rejeitou a solicitação americana.
Posteriormente, a procuradoria renunciou inicialmente a recorrer da decisão judicial, o que, em princípio, dava por encerrado o processo.
"Decidi apresentar ao Tribunal Supremo uma apelação pela decisão na qual o tribunal decidiu não extraditar Polanski aos EUA, em uma situação na qual ele é acusado e requerido por abusar de uma menina", disse hoje Ziobro.
O diretor de filmes como "O Pianista" e "Chinatown" é acusado de manter relações sexuais com Samantha Geimer em 1977, quando esta tinha apenas 13 anos, após uma sessão fotográfica em Los Angeles (EUA).
Polanski, que tinha 43 anos em 1977, se declarou então culpado de assédio sexual contra uma menor, mas conseguiu evitar um julgamento após passar alguns dias na prisão.
No ano seguinte, fugiu do país por temor de que lhe impusessem uma dura condenação, e se estabeleceu na França.
Em 2009, Polanski foi detido na Suíça por uma ordem de captura emitida pelos Estados Unidos, e passou nove meses em prisão domiciliar.
Samantha Geimer assegurou em mais de uma ocasião que perdoou Polanski.