O diretor Roman Polanski: se o tribunal da Cracóvia decidir a favor da extradição, o ministro da Justiça polonês deverá ter a última palavra (Julien M. Hekimian/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2015 às 13h28.
Varsóvia - O tribunal da Polônia que estuda a solicitação de extradição do diretor Roman Polanski aos EUA, onde é acusado de abusos sexuais a uma menor em 1977, afirma que não recebeu dentro do prazo previsto a documentação requerida às autoridades americanas.
O tribunal, na cidade da Cracóvia, decidiu ampliar o prazo pelo tempo que pode demorar o envio do documento por correio, informam nesta quarta-feira os meios de comunicação locais.
Na última vista do caso, que aconteceu em 22 de maio, o tribunal disse que tinha solicitado mais informações às autoridades dos Estados Unidos, uma documentação que devia chegar antes do dia 8 deste mês.
De acordo com a lei polonesa, se o tribunal da Cracóvia decidir a favor da extradição, o ministro da Justiça polonês deverá ter a última palavra sobre se dá ou não sinal verde ao processo.
Polanski, de 81 anos, nascido na Polônia e residente na França, é acusado de ter mantido relações sexuais com uma jovem de 13 anos, Samantha Geimer, crime pelo qual se declarou culpado em 1977 e pelo qual passou 42 dias na prisão, saindo mediante o pagamento de fiança.
Em 1978, Polanski fugiu dos Estados Unidos antes da audiência para fixar a pena, por temor da condenação que poderia ser imposta pelo juiz.
Em 24 de dezembro, um tribunal de Los Angeles rejeitou o pedido de sua defesa para encerrar definitivamente o caso, o que impede de pisar em solo americano.